Em 11 anos

Ministra lembra que crianças pobres são as maiores beneficiárias do Bolsa família

Tereza Campello mostra que programa, que aniversaria dia 20, já permitiu o nascimento de uma primeira geração de crianças sem fome, reduziu o trabalho infantil e aumentou a escolaridade

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Segundo o governo, 1,7 milhão de famílias já deixaram o programa, que reduziu o trabalho infantil

São Paulo – Prestes a completar 11 anos de existência, o Bolsa Família segue a cumprir metas e a data comemorativa serve de inspiração para o fim do preconceitos contra os pobres no Brasil. Essa é a avaliação da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello. Para ela, é necessário “desmistificar” as críticas à ação do governo federal. As declarações foram dadas em entrevista concedida à Rádio Brasil Atual nesta sexta-feira (10). Este mês, no dia 20, o programa comemora 11 anos de existência.

Com relação aos discursos “preconceituosos” contra o Bolsa Família, Tereza Campello desconstruiu alguns “mitos” e criticou a desinformação. “A parcela adulta, a grande maioria trabalha, trabalha muito. Não é verdade que a pessoa que está no Bolsa Família não trabalha, 75% dos adultos trabalham”, esclarece.

A ministra aponta também que, desde o início do programa, em 2003, 1 milhão e 700 mil famílias já pediram para ser desligadas e não retornaram. O sistema exige que os atendidos atualizem os dados a cada dois anos.

Outra exigência para os participantes do programa é a obrigatoriedade de 85% de frequência escolar para os 17,5 milhões de crianças acompanhadas. “Nós acompanhamos a frequência escolar delas. Se falta mais do que o regular, a família é notificada. Se a ausência mantiver, a família é visitada. E, se não tomar providências, a família é suspensa do programa”, explica.

Com relação à saúde, as gestantes são obrigadas a fazer, no mínimo, três consultas pré-natal. Crianças de zero a seis anos devem passar por acompanhamento médico. Como resultado, a ministra aponta que crianças com cinco anos de idade atendidas pelo programa entre 2008 e 2012, cresceram um centímetro, em média, graças as contrapartidas exigidas. “Quando a criança não come bem, ela acaba ficando mais baixa que as demais e os ossos não se desenvolvem”, diz.

Dessa forma, o quadro de déficit de crescimento começa a ser modificado no país. “O Brasil, mês passado, saiu do mapa da fome da ONU”, lembrou a ministra.

Ouça a entrevista completa na Rádio Brasil Atual:

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