Paralisação

Tatto diz que pessoas armadas pararam ônibus e polícia vai investigar greve

Após reunião, secretário de Transportes da capital paulista e secretário estadual de Segurança fecham cooperação para apurar sobre movimento de motoristas. SPTrans terá funcionário em central da PM

Taba Benedicto/Futura Press/Folhapress

Tatto diz que é preciso apurar o “que há por trás” do movimento e estranha a ausência de líderes

São Paulo – O secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, e o secretário estadual de Segurança Pública, Fernando Grella, acertaram hoje (21) que um funcionário da SPTrans integrará a partir de hoje o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), para relatar em tempo real casos de violência e vandalismo nos ônibus da cidade. Além disso, a PM instalará um inquérito para apurar os reais motivos da greve promovida por grupos de motoristas e cobradores de ônibus, iniciada ontem (20).

“Teremos um membro da SPTrans na central do Copom, que fará uma relação online das ocorrências para o comando da polícia. Assim, quando for preciso reforço policial para garantir, por exemplo, a retirada de um veículo da via, isso acontecerá imediatamente”, afirmou Tatto. O Copom já conta com membros do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

“Nós aperfeiçoamos o sistema para comunicar com rapidez. Abrimos um espaço no Copom para termos um funcionário da SPTrans para receber imediatamente as notícias de qualquer irregularidade e repassar para a polícia”, disse Grella. “Com isso eliminamos qualquer possibilidade de haver uma interrupção ou alguma dificuldade de comunicação.”

Na reunião, o secretário de Segurança designou o delegado Antônio Luiz Tucumatel, da seccional do centro, para presidir o inquérito que irá investigar as causas da greve dos ônibus. “O objetivo é apurar o que há por trás desse movimento na cidade, visto que não é um movimento grevista e que não tem um líder aparecendo”, disse Tatto. “Eu já entreguei o material de ontem sobre atos de vandalismo e vamos agora mandar relatos todos os dias para as polícias Civil e Militar, para ajudá-los no processo de investigação.”

Segundo Tatto motoristas da zona sul foram abordados hoje por pessoas armadas e obrigados a entregar as chaves do carro ou abrir o capô para que a correia do motor fosse cortada. “É uma preocupação esses atos na cidade e esse tipo de ação de pessoas armadas”, afirmou. “Uma parte com certeza é de criminosos. São pessoas que não estão agindo de forma adequada e esse tipo de comportamento é criminoso.”

Grella negou que a Polícia Militar tenha negligenciado a paralisação dos ônibus ontem e afirmou que as tropas estarão disponíveis para ajudar a controlar novas ocorrências e para auxiliar a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) na remoção de ônibus de vias públicas. “A polícia vai apoiar as autoridades municipais para que a população não sofra prejuízos maiores.”

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