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Caminhada de mulheres no sábado antecipa Parada LGBTT de São Paulo

CC / facebook/CeciliaBezerraOficial Mulheres participam de passeata por conquista e respeito a direitos de lésbicas e bissexuais, em São Paulo São Paulo – Carro de som, tambores e faixas compuseram […]

CC / facebook/CeciliaBezerraOficial

Mulheres participam de passeata por conquista e respeito a direitos de lésbicas e bissexuais, em São Paulo

São Paulo – Carro de som, tambores e faixas compuseram a a 12ª Caminhada Lésbica e Bissexual, realizada na noite do sábado (3) na região da avenida Paulista, centro da capital paulista. A passeata ocorre um dia antes da Parada do Orgulho LGBTT, que hoje (4) chega à sua 18ª edição e leva para o público pautas específicas pela cidadania de lésbicas e mulheres bissexuais.

Rute Alonso, uma das organizadoras da manifestação, explica que “algumas pautas específicas das mulheres acabam não sendo comuns a toda a população LGBTT”. Entre esses pontos, ela destacou o atendimento nos serviços de saúde.

“Quando você vai ao ginecologista, ele pressupõe que você é heterossexual. E a gente gostaria que tivesse um tratamento inclusivo. Deixar as lésbicas e bissexuais mais tranquilas para usar os serviços de saúde”, ressaltou Rute. De acordo com ela, o desconforto com o atendimento faz com que muitas mulheres deixem de procurar o auxílio profissional.

Para Rute, a violência é outro ponto que preocupa essas mulheres. Ela reclama que não existem estatísticas sobre o chamado “estupro corretivo” – quando a mulher é violentada como ataque à sua identidade sexual. “Já existe uma subnotificação de estupros em geral, por toda a vergonha da mulher que é vítima de estupro. Por outro lado, esses profissionais que acolhem não têm necessariamente indicadores para registrar que aquilo foi um estupro corretivo”, reclamou. “O que a gente precisa é que o governo se sensibilize e comece a levantar números”, avalia, para que a partir destes dados se elaborem políticas públicas de prevenção, criminalização e, sobretudo, conscientização sobre os direitos destas cidadãs.

Existem ainda reivindicações específicas das bissexuais, em geral vítimas de discriminação não só dos heterossexuais, mas em muitos casos também de homossexuais. Segundo ela, existe uma incompreensão sobre as pessoas que transitam pelas duas opções.

Para combater essa visão, um grande grupo de mulheres participou da passeata distribuindo panfletos e esclarecendo sobre a condição de bissexual. ” A gente veio aqui falar com todas as mulheres”, disse a funcionária pública Natasha Avital.