São Paulo

Movimentos de moradia cobram agilidade na aprovação de projetos habitacionais

Em encontro com comissão de moradores, secretário municipal de Habitação prometeu aprovação de dois projetos de construção de conjuntos habitacionais na zona oeste

Marcelo Camargo/ABr

Há três anos os movimentos se reúnem com a Secretaria de Habitação, mas não há continuidade das negociações

São Paulo – Cerca de 3 mil manifestantes de movimentos de moradia de São Paulo realizaram ontem (5) um ato em frente à Secretaria Municipal de Habitação, no centro da capital, para cobrar da prefeitura agilidade na aprovação dos projetos inscritos no programa Minha Casa Minha Vida. Uma comissão de moradores foi recebida pelo secretário de Habitação, José Floriano, e pela secretária de Licenciamento, Paula Motta. Os representantes prometeram a aprovação de dois projetos de construção de conjuntos habitacionais na zona oeste até o fim de março.

Segundo o advogado da Central de Movimentos Populares (CMP SP), Benedito Barbosa, existem cerca de 5 mil projetos de habitações populares parados na prefeitura. “Muitos desses terrenos já estão até comprados, mas a construção das unidades habitacionais não começa porque a prefeitura ainda não aprovou”, afirma.

O secretário de Governo do prefeito Fernando Haddad (PT), Chico Macena, pediu, no fim de fevereiro, para que os representantes de movimentos populares enviassem à secretaria as demandas de moradia para este ano. De acordo com o advogado da CMP, a prefeitura se comprometeu a liberar a construção dos conjuntos habitacionais Aleixus Jafet, no Jaraguá, em que serão feitos 1.104 novos imóveis, e o Barra do Jacaré, com 594 moradias populares. Ambos ficam na zona oeste de São Paulo e os terrenos foram comprados há três anos com recursos da Caixa Econômica Federal.

Barbosa explica que há três anos os movimentos de moradia se reúnem com representantes da Secretaria de Habitação, mas não há continuidade das negociações com a troca de responsáveis pela pasta. “Toda vez que nós nos reunimos há um novo secretário e nós precisamos apresentar novamente as pautas. Deveria ter uma maior organização da prefeitura para atender às nossas demandas.”

Ouça a reportagem completa de Anelize Moreira para a Rádio Brasil Atual