A pedido de Erundina, Câmara terá sessão para homenagear resistência à ditadura
J.Batista/câmara dos deputados Decisão de realizar uma sessão solene foi unânime na reunião de líderes realizada nesta terça-feira São Paulo – A Câmara vai acolher requerimento da deputada Luiza Erundina […]
Publicado 25/03/2014 - 18h31
São Paulo – A Câmara vai acolher requerimento da deputada Luiza Erundina (PSB-SP) para realização de sessão solene para discutir a ditadura (1964-1985). O ato homenageará “civis e militares que resistiram à ditadura” e deverá ser “consagrado à reflexão sobre o significado da luta pela democracia e sobre a herança autoritária ainda por enfrentar e superar plenamente em nosso país”, conforme detalha o requerimento aprovado. A decisão foi tomada hoje (25) em reunião dos líderes partidários.
A deputada sugeriu ainda que a Câmara promova, em 2014, o “ano da democracia, da memória e do direito à verdade”, com vários eventos para lembrar o período sombrio da ditadura. Outras atividades também estão sendo organizadas pelos partidos progressistas e movimentos sociais.
Já requerimento do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) para a realização da sessão solene foi indeferido pelo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN). Ele disse que não poderia acolher um requerimento “para exaltar a ditadura”. Bolsonaro alegou que o regime instaurado em 1964 teve amplo apoio social e “que possibilitou, ao longo de 20 anos, a consolidação da democracia”.
“A Câmara não pode homenagear um regime que fechou três vezes esta Casa e cassou 173 parlamentares”, disse Alves pela sua conta no Twitter, destacando que sua decisão teve apoio integral dos líderes.