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Shoppings e Polícia Militar reprimem ‘rolezinhos’ nas zonas sul e leste de São Paulo

Em Itaquera, policiais usaram bombas de gás e balas de borracha contra adolescentes da periferia no acesso ao centro de compras

revista fórum

Encontros marcados pela internet reúne centenas de jovens da periferia em shoppings

São Paulo –  Dois shoppings nas zonas sul e leste de São Paulo reprimiram ontem (10), com a ajuda da Polícia Militar, encontros de jovens da periferia marcados pela internet, conhecidos como “rolezinhos”.

No shopping Itaquera, zona leste, a PM chegou a usar bombas de gás e balas de borracha contra os garotos na rampa que liga o metrô ao centro de compras. A repressão também ocorreu no terminal de ônibus que fica ali. Havia entre mil e 3 mil jovens nessa manifestação.

Duas pessoas que teriam participado de depredações a lojas do terminal foram detidas e levadas à delegacia da região.

Os lojistas baixaram as portas, mas não houve furtos ou roubos, segundo a assessoria de imprensa do shopping.

Os jovens que conseguiram entrar no shopping, cantando músicas e andando em grupos, foram recebidos pela PM a golpes de cassetete

O shopping foi fechado e apenas a entrada de pessoas identificadas como não participantes do “rolezinho” foi permitida pela polícia.

Campo Limpo

Na zonal sul, outro grupo com centenas de jovens se concentrou em frente ao Shopping Campo Limpo.

Nos três acessos ao centro, seguranças particulares e policiais militares determinavam quem podia e quem não podia entrar.

Cincos policiais da Força Tática do Policia Militar do Estado de São Paulo faziam uma ronda pelo interior do Shopping. Andavam de pelos corredores, olhando para dentro das lojas e encarando qualquer adolescente que tivesse alguma característica dos jovens que foram barrados e estavam do lado de fora.

Em uma das portas principais, que fica na Estrada do Campo Limpo, para alguns adolescentes, pediam o RG para liberar a entrada, para outros só com os pais.

As três entradas estavam tomadas por adolescentes. Na parte do estacionamento, alguns meninos começaram a subir na grade para pular para dentro. A gritaria chamou a atenção dos seguranças que foram em direção ao local. Os adolescentes pararam de pular. Alguns conseguiram entrar.

Os seguranças começaram a empurrá-los para irem embora. Um menino tomou um tapa na cabeça. “Seus vermes, não bate neles não, covardes”, gritavam os demais adolescentes do lado de fora. O menino que estava do lado de dentro, encarou os seguranças, eles começaram agredi-lo. De fora, todo mundo começou a gritar, até que os seguranças pararam e adolescente foi escoltado pelo publico até a saída.

Com agências e Carta Capital.

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