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Rio e São Paulo voltam a ter protestos violentos

Em ambas as capitais quebradeira foi associada a black blocs. No Rio, manifestação era de apoio à greve dos professores. Em São Paulo, a estudantes da USP, por eleição direta de reitor

© Bruno Jenz/Eleven/Folhapress

Ônibus incendiado no centro do Rio, durante novo protesto deflagrado por black blocs. Noite de violência também em São Paulo

São Paulo – Manifestantes Black blocs, que mais cedo participaram de um protesto em apoio à educação, tentaram invadir a Câmara dos Vereadores, incendiaram um ônibus na Avenida Rio Branco, depredaram mais dois, e jogaram coquetéis molotov no consulado americano, na noite de ontem (7).

Os policiais militares do Batalhão de Choque se posicionaram próximo ao consulado e começaram a dispersar os manifestantes com bombas de gás e de efeito moral. Pontos de ônibus foram quebrados e o prédio do Consulado de Angola também foi depredado.

Dois ônibus foram usados para bloquear a Avenida Rio Branco. Os bombeiros foram chamados para apagar as chamas do ônibus incendiado. Os manifestantes tentaram incendiar um segundo ônibus, mas fugiram com a chegada da polícia.

Os incidentes começaram depois que uma passeata de apoio aos professores da rede municipal, que reuniu cerca de 50 mil pessoas, chegou à Cinelândia, após sair da igreja da Candelária e percorrer toda a Avenida Rio Branco. A marcha começou de forma pacífica, festiva e bem-humorada, e era possível ver crianças e idosos entre os manifestantes, que gritavam palavras de ordem em apoio aos professores que estão em greve desde o mês passado – a categoria é contrária ao plano de carreira e à proposta de reajuste salarial aprovada pelos vereadores na semana passada.

Após chegarem na Cinelândia, alguns manifestantes tentaram invadir a Câmara Municipal e lançaram vários coquetéis molotov contra a sede do legislativo municipal, quebraram vidraças e fizeram pichações nas paredes do edifício.

A Polícia Militar investiu contra os manifestantes utilizando gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral, mas não conseguiu evitar a depredação de agências bancárias e o ataque contra consulado dos Estados Unidos.

Os manifestantes, alguns deles muito jovens, responderam à investida policial com pedras, bombas caseiras, fogo em barricadas improvisadas com lixeiras e outras formas de guerrilha urbana. Os enfrentamentos duraram mais de três horas.

São Paulo

Na capital paulista, um ato de apoio aos alunos da USP, que defendem eleições diretas para a escolha do novo reitor da universidade, também terminou em violência. Cerca de 300 pessoas concentradas na praça da República, onde fica a sede da secretaria estadual de Educação, iniciaram depredações contra agências bancárias e duas lojas de fast food: um da rede McDonald’s e outra, do Habbib’s. Uma viatura policial foi virada e houve tentativa de invasão à estação República do metrô.

Com agências

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