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Prefeitura de São Paulo ‘encurta’ linhas na zona leste e usuário terá de fazer baldeação

Mudança mexe com rotina de um terço dos usuários do transporte na região. Terminais São Mateus, Cidade Tiradentes, Carrão e Itaquera passam a ser base para integração e troca de veículos

Alf Ribeiro/Folhapress

Para a prefeitura, mudança cultural fará com que passageiro passe a gostar da baldeação

São Paulo – A SPTrans começa a reorganizar o sistema de transporte municipal da zona leste de São Paulo a partir de amanhã (26). A mudança atinge 45 linhas de ônibus, entre as regiões de São Mateus e Cidade Tiradentes, que terão seus trajetos modificados. Com a nova medida, cerca de 60 mil passageiros, dentre aproximadamente 200 mil que utilizam o transporte municipal na região, terão alguma mudança em seu trajeto.

A administração Fernando Haddad (PT) alega que, para garantir maior eficiência, é necessário promover uma diminuição no número de veículos com saída do extremo leste da cidade diretamente para o centro da capital, com a implementação do sistema estrutural de transporte, onde os passageiros passam a utilizar ônibus para trajetos que ligam terminal a terminal.

Assim, os terminais São Mateus, Cidade Tiradentes, Carrão e Itaquera passam a ser base para integração e troca de ônibus. Atualmente o sistema de transporte da cidade conta com 1.300 linhas de ônibus. A meta da prefeitura é reduzir a novecentas.

Segundo a companhia de transporte da capital, haverá um fortalecimento do serviço nas linhas que transportarão passageiros aos terminais. “Ele terá confiabilidade no serviço, com veículos maiores e melhores, velocidade mais rápida e redução do tempo de viagem”, disse a diretora de planejamento da SPTrans, Ana Odila, em entrevista coletiva na tarde de hoje (25) no centro da capital paulista.

Uma nova linha foi criada para atender a população dessa área – a de número 4310, que circula do Terminal Itaquera ao Terminal Parque D. Pedro – e outras 16 sofrerão alterações de itinerário. Outras 14 serão divididas em mais de uma linha e dez serão substituídas, além de haver quatro alterações no número de operação.

Segundo a SPTrans, os passageiros estão sendo informados das alterações desde o dia 10, com a divulgação nos próprios veículos e a distribuição de panfletos em todas as linhas, além de informações disponíveis no site da empresa. “Há uma resistência cultural a isso, porque o usuário está acostumado a usar uma linha por muito tempo e fazer uma integração pode deixá-lo inseguro, mas com o tempo ele vai perceber uma mudança boa”, afirma Odila

O serviço estrutural, com poucas linhas por eixo, linhas retas e lineares, com a finalidade de construir trajetos mais rápidos e diretos, desagrada as companhias. “O seccionamento da linha significa uma diminuição de custo operacional e os empresários não têm interesse nisso. Mas a gente precisa simplificar nossa rede para melhorar o atendimento ao usuário.”

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