São Paulo – No Dia das Crianças deste ano, feiras de trocas de brinquedos serão montadas em todo o país. O projeto, organizado por entidades de defesa de direitos infantis, pretende fazer com que as crianças exercitem valores como a troca e a convivência. Além disso, uma das principais preocupações dos eventos é retirar o viés comercial que a data carrega.

Em entrevista à Rádio Brasil Atual, Gabriela Vuolo, coordenadora de Mobilização do Instituto Alana, explica que o Dia das Crianças não deve ser pautado pela compra. “O objetivo é sensibilizar as pessoas para que elas se envolvam num Dia das Crianças diferente. Essa ocasião é muito direcionada para o consumismo e para a publicidade infantil, e o que estamos propondo é uma reflexão sobre esse exagero, sobre o excesso de brinquedos e sobre o real significado da data.”

O instituto buscou adaptar o modelo das feiras de troca para o público infantil. A campanha é feita desde 2011, e algumas feiras já chegaram a reunir 1.300 participantes. “Nós propomos que as crianças se preparem para essa data escolhendo os brinquedos que não as interessam tanto, ou os que elas já brincaram bastante”, recomenda.

Vuolo ressalta que a atividade pode ser replicada em outros ambientes e de outras maneiras. “Muita gente pegou essa ideia no ano passado, no Dia das Crianças, e replicou. Algumas são feitas no Natal, outras pessoas passaram a fazer feiras mensais e muitas escolas trouxeram a ideia para dentro do espaço escolar.” Para auxiliar quem queira realizar uma feira de troca, o instituto colocou à disposição material explicativo em seu site.

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