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PMs são indiciados por estupro, empalamento e tortura durante desocupação do Pinheirinho

Segundo a Corregedoria, os indícios dos crimes de 14 policiais são fortes. O inquérito foi aberto em janeiro, um ano depois da ação em S. José dos Campos

Kit Gaion/PSTU

Os policiais suspeitos foram afastados de suas funções só em janeiro deste ano, com a abertura de inquérito

São Paulo – A Corregedoria da Polícia Militar indiciou 14 policiais militares acusados de agressão, tortura e abuso sexual, incluindo um empalamento contra moradores do Pinheirinho, em São José de Campos (SP). Os crimes foram cometidos em janeiro do ano passado, quando os policiais foram chamados para reforçar o patrulhamento na cidade durante a desocupação de milhares de famílias. Segundo a Polícia Militar, os crimes ocorreram em ações paralelas à desocupação.

Entre os indiciados está um policial do Comando de Operações da Polícia Militar (Copom) de São José dos Campos, acusado de prevaricação (quando um funcionário público deixa de cumprir a função). Ele atendeu a um chamado, pelo telefone 190, de uma das vítimas e não deu a devida atenção ao caso. Dois policiais, um tenente e um sargento, foram indiciados por abuso sexual.

O inquérito foi aberto pela Corregedoria da Polícia Militar em janeiro deste ano. Só então, os policiais suspeitos pelo crime foram afastados de suas funções. O inquérito foi entregue ontem (24) à Justiça Militar, mas também pode caminhar na Justiça Civil, dependendo da conduta e dos crimes.

Segundo a Corregedoria, os indícios de crimes envolvendo os 14 policiais são fortes. Caso sejam considerados culpados, os policiais envolvidos poderão ser expulsos da corporação. Já o tenente pode perder a patente e ser demitido.

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