Protestos

‘Parte do povo estava anestesiada’, diz poeta Sérgio Vaz sobre manifestações

Coletivos da periferia criaram Frente Periférica contra o Fascismo para conter 'infiltrações de direita', segundo Vaz

Elza Fiúza/ABr

Vaz: diante das mobilizações, coletivos criam frente periférica contra conservadorismo em SP

São Paulo – O poeta e idealizador da Cooperifa, Sérgio Vaz, afirmou ontem (4) em entrevista à Rádio Brasil Atual, que a criação da Frente Periférica Contra o Fascismo, frente criada por coletivos da periferia de São Paulo que procuram resistir às infiltrações de pautas conservadoras nas mobilizações que tomam as ruas do país desde junho, surgiu da preocupação dos movimentos negros e periféricos tradicionais ao constatar o caráter dos protestos mais recentes.

“Ficamos preocupados porque vimos bandeiras históricas, como a da Unegro, um movimento negro histórico, sendo rasgadas. A gente viu coisas que a gente não quer ver mais, esse nacionalismo perigoso, esse fascismo. Sabemos que tudo o que vem do centro é ruim para a periferia. Aqui as balas não são de borracha. Uma parte do povo estava anestesiada, mas a outra nunca dormiu.”

Vaz também reprovou a resistência enfrentada na sociedade civil e no Congresso Nacional ao plebiscito pela reforma política. “É por isso que as pessoas estão nas ruas. Os partidos não os representam, quando começam a pedir questões que favorecem a população pobre, os negros, sentimos a pressão da resistência. É incrível que as pessoas não queiram coisas que representam o povo brasileiro”, comentou.

Ouça aqui a entrevista do poeta Sérgio Vaz à Rádio Brasil Atual.

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