São Paulo

Haddad reafirma que túneis não são prioridade

Em nota, prefeito desmente possibilidade de construir ligação subterrânea na Vila Mariana. Petista já havia dito no começo do mês que prefere construção de moradias a obras viárias

Anderson Barbosa/Fotoarena/Folhapress

O prefeito tem dito que dará mais atenção a obras que estimulem o uso do transporte coletivo

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), voltou a sinalizar hoje (16) que a construção de túneis não é tratada como questão central de sua gestão. Depois de cancelar, no começo do mês, a obra bilionária de uma via subterrânea na região do Jabaquara, o petista emitiu nota desmentindo que fará uma conexão entre a Rua Sena Madureira e a Avenida Ricardo Jafet, na Vila Mariana, zona sul da cidade.

O comunicado foi publicado depois que a Agência Estado publicou reportagem informando que Haddad quer construir o túnel, cuja  licença ambiental foi aprovada no último sábado pelos órgãos municipais. A obra, uma ideia de Gilberto Kassab (PSD), está orçada em R$ 219 milhões, segundo o texto divulgado horas antes pela internet.

Mas, na visão da Agência Estado, este túnel se tornou prioritário dentro da prefeitura depois que Haddad rejeitou construir o túnel no Jabaquara, versão agora rebatida pela administração municipal: “A obra não é prioridade da administração municipal, não está no Programa de Metas e não conta com previsão orçamentária”.

No começo do mês, Haddad e três secretários decidiram rejeitar outra ideia de Kassab após reunião com moradores do Jabaquara, também na zona sul. A prefeitura concluiu que o túnel entre a Avenida Roberto Marinho e a Rodovia dos Imigrantes não deve ser tratado como prioridade. O antecessor pretendia investir R$ 2,4 bilhões no projeto, que demandaria mais que todos os recursos arrecadados com títulos da Operação Urbana Água Espraiada. Com isso, avalia a nova administração, seria inviável promover qualquer melhoria nos bairros englobados pela operação, e o melhor é apostar em moradias.

“Na Operação Urbana Água Espraiada, há um conjunto grande de obras. Não há recursos para isso tudo e para o túnel. Então, as pessoas se manifestaram nas audiências públicas e disseram: ‘Vamos inverter. Em vez do túnel, vamos priorizar todas essas obras”, explicou o prefeito à ocasião.

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