pautas da juventude

Um mês após manifestações, Haddad chama juventude petista para debater o tema

Representantes do partido pretendem aproveitar encontro para reivindicar fortalecimento da Coordenadoria Municipal de Juventude, que tem orçamento de R$ 500 mil e oito funcionários

Manifestações iniciadas após o reajuste da tarifa de R$ 3 para R$ 3,20 se tornaram uma grande mobilização de massa

São Paulo – O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, recebe integrantes da Juventude do PT na tarde de hoje (10) para discutir as recentes mobilizações ocorridas na cidade e a implementação de políticas para os jovens. Segundo o secretário municipal da Juventude do PT, Erik Bouzan, Haddad quer saber como os jovens avaliam as manifestações e quais suas perspectivas, já que a entidade participou delas desde o início ao lado do Movimento Passe Livre (MPL).

Segundo Bouzan, a avaliação geral da entidade é de que as mobilizações são importantes e positivas, porque abrem possibilidades de avanços. “É um bom momento para pressionar os governos a avançar ainda mais nas transformações e conquistas sociais dos últimos anos”, afirma. Para ele, as reivindicações de melhorias na educação, na saúde e no transporte estão dentro da pauta social que a prefeitura se propôs a trabalhar.

Além disso, os militantes pretendem aproveitar para pedir o fortalecimento da  Coordenadoria Municipal de Juventude, que funciona dentro da Secretaria de Direitos Humanos “Queremos que a coordenadoria seja fortalecida, que se instale um Conselho Municipal sobre o tema e seja elaborado um Plano Municipal de políticas públicas voltadas aos jovens”, aponta. O secretário vê na aprovação do Estatuto da Juventude, votado ontem (9) pela Câmara dos Deputados, o cenário político adequado para a reivindicação de avanços nas políticas de juventude no município. O texto agora aguarda sanção da presidenta Dilma Rousseff.

Com 3 milhões de jovens, São Paulo conta com uma estrutura de apenas oito funcionários para atender especificamente a esse segmento. A coordenadoria tem este ano um orçamento de R$ 500 mil. Em Recife, por exemplo, a pasta criada este ano para lidar com políticas para os jovens já tem 60 servidores.

As manifestações convocadas pelo MPL se iniciaram em 6 de junho, quatro dias após passar a valer o reajuste nas tarifas de ônibus, metrô e trens metropolitanos, de R$ 3 para R$ 3,20. Depois disso foram seis mobilizações até que o reajuste fosse revogado, com episódios de violência policial e depredação. Mesmo com a redução, outras mobilizações ocorreram, com várias motivações, desde melhorias gerais na educação e na saúde, até protestos de médicos contra a vinda de profissionais de saúde cubanos para o Brasil.

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