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Alunos ocupam reitoria da Unesp para acabar com ‘intransigência’ nas negociações

Valorização da educação pública e políticas efetivas de permanência estudantil estão entre as reivindicações. Reunião entre estudantes e reitor, na última sexta (12), terminou sem acordo

Alunos informam que só deixarão o prédio quando as pautas forem atendidas

São Paulo – Estudantes ocuparam na tarde de hoje (16) o prédio da reitoria da Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho (Unesp), na região central de São Paulo. Esta é a segunda ocupação desde que os alunos entraram em greve, no final de maio – a primeira, em 27 de junho, durou algumas horas e terminou com promessa de diálogo. Em nota, os estudantes informam que o movimento é realizado para acabar com o “caráter intransigente nas negociações” e para pressionar a reitoria a apresentar resultados. Na última sexta (12), reunião entre o movimento estudantil e o reitor Júlio César Durigan terminou sem acordo.

Os estudantes querem a valorização da educação pública, políticas efetivas de permanência e de assistência estudantil, como restaurante universitário, moradia e bolsas de auxilio socioeconômicas, além de uma política de cotas que considerem inclusiva. Nesse sentido, a cobrança é por uma proposta alternativa ao Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (Pimesp). “Esse projeto impõe um curso semipresencial de dois anos para a inclusão de alunos cotistas, o que representa um enorme racismo e subestima a capacidade do estudante, além de não oferecer uma real complementação ao conhecimento deste aluno, devido à grade, que inclui cursos como Gestão de Tempo e Empreendedorismo.”

Eles também se manifestam contra a repressão aos movimentos sociais. “Em Araraquara, seis estudantes foram expulsos da moradia estudantil. Em Franca, 31 estudantes estão em processo de sindicância, há cerca de oito meses, por se manifestarem politicamente. Houve também em Rio Claro, recentemente, o caso de reintegração de posse no campus contra uma ocupação pacífica, que resultou em quatro processos judiciais contra estudantes, os quais somente foram cancelados diante de pressão política.”

Os alunos estão em greve em dez campi da universidade: Ourinhos, Marília, Assis, Botucatu, Franca, São José do Rio Preto, Bauru, Rio Claro, Araraquara e São Paulo.

A reitoria da Unesp ainda não se pronunciou a respeito.

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