Repressão

Secretário defende ação da PM em São Paulo e diz que investigará ‘aspectos pontuais’

Ao lado do comandante geral da PM e do coronel responsável pela região central, Grella disse que a violência foi resposta à ação dos manifestantes

Diogo Moreira/Frame/Folhapress

Secretário de Segurança disse que a ação deveu-se à mudança de roteiro acertado entre a organização e a PM

São Paulo – O secretário de Segurança Pública do estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, repetiu o governador Geraldo Alckmin e defendeu a atuação da Polícia Militar na repressão ao ato de ontem (13) pela redução das tarifas do transporte público em São Paulo, que terminou com pelo menos uma centena de feridos. Em coletiva no Palácio dos Bandeirantes, ao lado do comandante geral da PM, coronel Benedito Roberto Meira, e do comandante da polícia na região central, coronel Reinaldo Simões Rossi, Grella afirmou que a violência é uma resposta à ação dos manifestantes e que todas as situações denunciadas serão objeto de investigação. Disse que a ação deveu-se também à mudança de roteiro pré-estabelecido entre a organização e a PM.

“A PM atuou para cumprir sua função, de manter o direito legítimo de manifestação e, paralelamente, reprimir atos de violência. Foi o que procurou cumprir, mas houve atos que se desviaram”, afirmou. “Não toleramos violência de lado a lado.Todas as situações serão objeto de investigação”, afirmou.

O secretário afirmou que não houve ordem para agredir “jornalistas ou quem quer que seja” e não considerou, no entanto, uma punição aos oficiais responsáveis pela ação, limitando as investigações a “aspectos pontuais”. “A polícia teve que fazer o que fez para evitar mais vandalismo. Apreendemos objetos que são para isso, como martelos, coquetéis molotov. Fica claro que havia pessoas que pensavam em se aproveitar do ato para violência”, justificou.

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