contra o aumento

Movimento Passe Livre promete parar ruas do centro de São Paulo contra aumento de tarifa

Manifestação será realizada no final da tarde de hoje

Anderson Barbosa/Fotoarena/Folhapress

Em 2011, o movimento contra o aumento das passagens realizou dez manifestações no centro da capital

São Paulo – O Movimento Passe Livre (MPL) vai realizar uma manifestação no fim da tarde de hoje (6), contra o aumento das passagens de ônibus, Metrô e trens metropolitanos ocorrido no último domingo (2), que elevou as tarifas de R$ 3 para R$ 3,20. A concentração será a partir das 17h, em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade. De lá, fazem uma marcha pela região central e prometem paralisar o tráfego em algumas ruas. Eles querem que a passagem volte a R$ 3.

De acordo com a militante Erica de Oliveira, este será o primeiro de muitos atos na região central. “Vamos pressionar, agregando cada vez mais gente no processo, até que a prefeitura e o governo estadual retorne as tarifas ao valor anterior”, afirmou.

O movimento argumenta que o preço da passagem torna inviável, para parte da população mais pobre, o uso do transporte coletivo. Durante o ato haverá intervenções culturais e políticas. Até às 15h30 de hoje, 20 mil pessoas haviam confirmado presença pelas redes sociais da internet.

Segundo Erica, desde o fim de maio o MPL vem realizando ações regionais contra o aumento da tarifa, com protestos e paralisação de avenidas e terminais de ônibus. Na última segunda-feira (3), o movimento bloqueou a estrada do M’Boi Mirim, na zona sul. No dia 27, cerca de 200 pessoas ocuparam o terminal Pirituba, na zona norte. No dia seguinte, o ato foi na frente do terminal do Parque Dom Pedro II, no centro.

Os reajustes atuais representam aumento de 6,7%. O último reajuste de ônibus na capital paulista foi aplicado em janeiro de 2011. A inflação acumulada desde então, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 15,5%. O Metrô e a CPTM, administrados pelo governo do estado, tiveram seu último reajuste em fevereiro de 2012. O valor de R$ 3,20 foi acordado entre o prefeito Fernando Haddad (PT) e o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

Confrontos

Em 2011, o movimento contra o aumento da tarifa — de R$ 2,70 para R$ 3 —, durou aproximadamente três meses. O primeiro ato foi realizado em 13 de janeiro, com cerca de mil pessoas. Depois foram mais dez. Houve vários episódios de confronto com a Polícia Militar, com manifestantes feridos e detidos. O último grande ato foi em 24 de março, quando o movimento travou a avenida 23 de Maio, uma das principais artérias da capital. Houve novo confronto com a PM. Três manifestantes foram detidos e várias pessoas ficaram feridas.


Leia também

Últimas notícias