manifestações

Noite histórica leva 270 mil às ruas

Ato contra tarifas, solidariedade aos manifestantes agredidos na semana passada em São Paulo e outras causas reeditam movimento popular que não se via há décadas no Brasil

Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais, em noite de democracia <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>Concentração para manifestação contra tarifa do transporte coletivo em São Paulo, no Largo da Batata <span></span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais, em noite de democracia <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais, em noite de democracia <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais, em noite de democracia <span></span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva criatividade e reivindicações às ruas em São Paulo e outras capitais <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais, em noite de democracia <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>Manifestação contra tarifa do transporte coletivo leva milhares às ruas em São Paulo e outras capitais, em noite de democracia <span>(Danilo Ramos/RBA)</span>

São Paulo – As manifestações que ganharam as ruas de várias capitais brasileiras ontem (17) à noite reuniram em torno de 270 mil pessoas, segundo estimativas de grupos organizadores dos atos, num volume e numa extensão sem paralelo desde as Diretas-Já, em 1984, e o impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello, em 1992.

Ao contrário desses dois episódios históricos, porém, os atos de agora não contam, ou não contavam até aqui, com o apoio de movimentos e partidos tradicionais, o que só começou a ocorrer depois da violenta repressão contra a manifestação da semana passada em São Paulo. Ontem, já era forte o envolvimento de organizações como UNE e MST, além de diversos sindicatos e outros grupos.

Segundo informações obtidas pela RBA, parte desses movimentos vai juntar-se às pressões para que, em São Paulo, o prefeito Fernando Haddad (PT) reduza o preço da passagem de ônibus.

A redução das tarifas do transporte público, bem como a melhoria do serviço, continua sendo a principal bandeira dos manifestantes. Mas outras também ajudaram a encher as ruas, como os protestos contra a Copa das Confederações, além de motivos localizados diversos.

Em São Paulo, a estimativa é de que o movimento tenha reunido100 mil manifestantes, num ato que começou no Largo da Batata, em Pinheiros, zona oeste da cidade, e terminou em duas frente: metade foi para a região da avenida Paulista e metade para o Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do estado, que teve parte de seus portões derrubados. A PM lançou bombas de gás e o grupo recuou.

No Rio de Janeiro, outras 100 mil pessoas lotaram a avenida Rio Branco e se dirigiram para uma concentração na frente do Palácio Tiradentes, onde fica a Assembleia Legislativa, na região da Cinelândia. Após tentativa de invasão do prédio, houve confronto com as tropas da Polícia Militar. Pelo menos 20 pessoas teriam se ferido, seguindo a PM.

Entre as demais capitais, a que reuniu mais manifestantes foi Belo Horizonte, com cerca de 30 mil, seguida por Belém, Curitiba e Salvador, todas com 10 mil cada. Em Porto Alegre foram 5 mil, mesmo total estimado para Brasília – onde os manifestantes subiram romperam o cerco de segurança e subiram no teto do Congresso Nacional.