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Movimento contra tarifa não se intimida com repressão e convoca novo protesto em SP

Manifestantes voltarão às ruas da capital paulista na segunda-feira (17) na quinta marcha contra o aumento da passagem do transporte público

Mídia Ninja

Manifestação desta quinta-feira foi pacífica e festiva. Ainda assim, PM não poupou truculência

São Paulo – Apesar da jornada repressiva promovida pela Polícia Militar de São Paulo ontem (13), a mobilização contra o reajuste da tarifa do transporte público na capital não dá sinais de debilidade. Poucas horas após a PM ter literalmente botado pra quebrar em cima dos manifestantes, um novo protesto começou a ser convocado pelas redes sociais. Deverá ocorrer na segunda-feira (17), com concentração marcada para o Largo da Batata, na zona oeste.

No início da madrugada de hoje, mais de 25 mil pessoas já haviam confirmado presença na passeata pelo Facebook. Será o quinto ato consecutivo contra o recente aumento na passagem de ônibus, trens e metrô da cidade, que no último dia 2 de junho passou de R$ 3 para R$ 3,20. “A luta da população de São Paulo contra o aumento das passagens de um transporte que se diz público está cada vez maior e mais forte, mas a única resposta do governo é uma repressão policial mais truculenta e arbitrária a cada ato”, diz a convocatória. “Nessa quinta, uma manifestação de 20 mil pessoas, completamente pacífica, foi recebida a bombas e balas de borracha na Rua da Consolação. Ficou claro que a violência parte sempre da polícia.”

A mobilização é encabeçada pelo Movimento Passe Livre (MPL), organização que luta pela gratuidade do transporte público, mas conta com a adesão cada vez maior de sindicatos, partidos de esquerda, movimentos sociais, centros acadêmicos e cidadãos de todas as idades que não pertencem a nenhum grupo político, mas que demonstram cansaço com o alto preço das tarifas e o que classificam como péssima qualidade do serviço prestado pelo sistema de transporte na cidade. As manifestações começaram na quinta-feira (6), continuaram na sexta (7), terça (11) e ontem. Os organizadores da mobilização dizem que só vão parar de tomar as ruas – e de paralisar São Paulo – quando o reajuste for cancelado.

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