Lula cobra negociação e afirma que reivindicação não é caso de polícia

Ex-presidente diz estar seguro de que prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, vai dialogar, e afirma que pedidos da sociedade devem ser tratados com conversa, e não com repressão

Ricardo Stuckert. Instituto Lula

“Tenho certeza que dentre os manifestantes a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução”, diz o ex-presidente

São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje (17) os atos que ocorreram em 11 capitais do país e em cidades do interior. “Ninguém em sã consciência pode ser contra manifestações da sociedade civil porque a democracia não é um pacto de silêncio, mas sim a sociedade em movimentação em busca de novas conquistas”, afirmou, em seu perfil no Facebook.

A mensagem foi postada no início da noite de hoje, quando protestos pipocaram em algumas das principais capitais do país. Os maiores protestos foram em São Paulo, onde transcorre pacificamente, e no Rio de Janeiro, onde houve repressão. Em Brasília manifestantes chegaram a ocupar a rampa e o telhado do Congresso Nacional.

“Não existe problema que não tenha solução. A única certeza é que o movimento social e as reivindicações não são coisa de polícia, mas sim de mesa de negociação”, afirmou Lula. “Estou seguro, se bem conheço o prefeito Fernando Haddad, que ele é um homem de negociação. Tenho certeza que dentre os manifestantes, a maioria tem disposição de ajudar a construir uma solução para o transporte urbano.”

A origem das marchas é a oposição à atuação policial na semana passada, quando participantes de atos contra o aumento das tarifas de transporte público foram reprimidos. Mas, hoje, além da reivindicação por preços mais baixos de mobilidade urbana, surgiram outros temas em discussão, como o gasto público na Copa das Confederações e na Copa do Mundo, casos da capital federal e de Salvador.

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