Ivo Herzog entrega na CBF petição que cobra saída de Marin da presidência

A petição “Fora Marin” tem quase 55 mil assinaturas, entre elas a do escritor Fernando Gabeira e do deputado Romário (Foto: José Cruz/Agência Brasil) São Paulo – O presidente do […]

A petição “Fora Marin” tem quase 55 mil assinaturas, entre elas a do escritor Fernando Gabeira e do deputado Romário (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

São Paulo – O presidente do Instituto Vladimir Herzog, Ivo Herzog, entrega hoje (1º) à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) petição pública com 55 mil assinaturas requerendo a saída de José Maria Marin da presidência da entidade. Marin é acusado pelo ativista de haver colaborado para a prisão de seu pai, o jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado em 1975 por agentes da ditadura. “É uma vergonha para nós, como nação, ter um feto da ditadura abrindo as portas e recebendo convidados estrangeiros do mundo inteiro para a Copa, o maior evento esportivo que o Brasil vai sediar em sua história”, diz Ivo. 

Segundo ele, dois documentos comprovam o envolvimento do presidente da CBF na morte de seu pai. Um deles é o discurso feito por Marin, então deputado estadual pela Arena, duas semanas antes da morte de Herzog. O deputado criticava a TV Cultura, cujo departamento de jornalismo à época era dirigido por Vladimir Herzog, e pedia “uma providência” contra a emissora. O outro documento é um discurso feito em 1976, em que Marin elogia o delegado Sérgio Fleury, chefe do DOI-Codi. “Temos o direito de pedir a saída do Marin porque, mesmo a CBF sendo uma entidade privada, este evento está sendo sendo feito com dinheiro público. Se temos uma Lei de Anistia torta, que não permite a punição de agentes de Estado que cometeram esses crimes, que não os recompensemos”, diz Ivo Herzog.

A entrega da petição está prevista para esta tarde, na sede da CBF. De acordo com Ivo, uma cópia da petição será entregue para as 27 federações estaduais de futebol e para cada um dos 20 clubes da série A do campeonato brasileiro – entidades que, juntas, compõem o colégio eleitoral da CBF. “Eles podem se indignar e iniciar um processo para substituir Marin ou podem ser coniventes e não fazer nada. Isso vai mostrar como esses dirigentes pensam.”

Ouça a entrevista na íntegra:


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