Integrantes de assentamento ocupam sede do Instituto Lula, em São Paulo

Militantes querem que ex-presidente interfira nas negociações para impedir a desapropriação do assentamento Milton Santos, marcada para o próximo dia 30

Faixa pede interferência de Lula junto a Dilma (Foto: Brasil Photo Press/Folhapress)

São Paulo – Pelo menos 70 moradores do Assentamento Milton Santos, em Americana (SP),ocuparam hoje (23) a sede do Instituto Lula, em São Paulo. Eles reivindicam que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interfira nas negociações com o governo federal para impedir a reintegração de posse do local, marcada para o próximo dia 30.

De acordo com o coordenador do assentamento, Paulo Albuquerque, eles permanecerão no instituto até que as negociações avancem. “Ficaremos aqui até conseguirmos uma resposta, pois até agora só ouvimos promessas”, afirma. “A intervenção do governo federal mudaria a situação”.

A Polícia Militar informou à Agência Brasil que viaturas foram enviadas ao local por volta das 7h30. “Estamos em contato com eles [os PMs] e, por enquanto, a situação é tranquila”, relatou o advogado das famílias, Vandré Paladini.

Por volta das 9h da manhã, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, esteve no local. Ele se comprometeu a entrar em contato com integrantes do governo para intermediar uma solução para o caso, de acordo com declaração de Vandré Paladini à Agência Brasil

Ontem (22), três pessoas solidárias à causa iniciaram uma greve de fome e se acorrentaram na frente do escritório da Presidência da República em São Paulo, de acordo com Albuquerque. Os manifestantes, que já ocupavam o prédio do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de São Paulo desde a semana passada, afirmam que permanecerão no local para exigir do governo uma solução definitiva para o despejo.

No Assentamento Milton Santos vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Incra há sete anos, segundo o movimento. As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social, única medida legal que pode reverter o despejo, determinado pela Justiça em 28 de novembro.

Com informações da Agência Brasil

 

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