Ativistas e familiares de vítimas fazem audiência pública sobre violência

Encontro será nesta quinta (24), às 14h, no Parque Santo Dias, no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo

São Paulo – Movimentos sociais e moradores da região do Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, convocaram audiência pública para amanhã (24), às 14h, no Parque Santo Dias, com objetivo de cobrar ações da prefeitura de São Paulo sobre a onda de violência na capital. Estarão presentes o titular da Secretaria Municipal de Direitos Humanos (SMDH), Rogério Sottili, e o coordenador de Juventude da SMDH, Gabriel Medina. Na mesa de discussão estarão também Rafael Mesquita, da Agência Solano Trindade, e Paulo Magrão, da Organização Não-Governamental Capão Cidadão.

Segundo Magrão, a proposta é cobrar uma posição do governo municipal quanto às investigações dos crimes e saber quais são as propostas da gestão para a juventude da região. “A comunidade se mobilizou e organizou esse espaço para expor a nossa condição e reivindicar que o poder público atue para acabar com a situação de violência vivida pelas comunidades pobres de São Paulo. Vamos também entregar um documento dos familiares de vítimas com um histórico da violência na região”, disse Magrão.

A audiência será encerrada com uma atividade cultural intitulada “Sarau Pela Vida”, organizada pelos artistas e poetas da região. Dentre as organizações que realizam a ação estão também o Grupo Tortura Nunca Mais de São Paulo, o movimento de familiares de vítimas do Estado Mães de Maio, e o Instituto Pólis.

O Capão Redondo foi palco da primeira chacina de 2013, com a morte de sete pessoas. Cerca de 2 mil pessoas perderam a vida, em casos de violência, nas periferias da capital no ano passado. Dessas, 400 morreram em supostos confrontos com policiais.

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