Memorial homenageia militantes históricos da esquerda brasileira

Palestras contam um pouco da vida e das lutas de Apolônio de Carvalho, Maurício Grabois e Rolando Frati

São Paulo – Apolônio de Carvalho foi preso pelo regime de Getúlio Vargas, combateu as forças franquistas na Guerra Civil Espanhola, liderou uma guerrilha partisan na Resistência Francesa contra os nazistas e lutou contra a Ditadura nas décadas de 1960 e 1970 no Brasil. Maurício Grabois foi um dos fundadores do Partido Comunista do Brasil, ajudou a organizar a Intentona Comunista e morreu resistindo aos militares na Guerrilha do Araguaia. Rolando Frati também os combateu. Metalúrgico, lutou ao lado de Carlos Marighella no Agrupamento Comunista de São Paulo. São eles que o Memorial da Resistência de São Paulo homenageará no próximo sábado (22), em São Paulo, das 14h às 17h30.

O evento é uma edição do Sábado Resistente, organizado pela Secretaria da Cultura e Memorial da Resistência de São Paulo e pelo Núcleo Memória, entidade dedicada a promover estudos sobre memória política e direitos humanos. Carvalho, Grabois e Frati serão homenageados juntos, porque, além de fazerem parte de lutas comuns, cada qual comemoraria, neste ano, 100 anos. Frati morreu em 1991, após ter se exilado em Cuba e na Europa, quando formou, juntamente com outros sindicalistas, um grupo de apoio à luta contra a Ditadura. Um dos fundadores do PT na década de 1980, Apolônio morreu em 2005.

No sábado, haverá palestras dos economistas Rene Luis de Carvalho, ex-preso político por militar no Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, fundado por Apolônio, seu pai, Igor Grabois, neto de Grabois, e do advogado e companheiro de Frati Rafael Martinelli, que ajudou a fundar a Ação Libertadora Nacional (ALN) e atualmente preside o Fórum de ex-Presos e Perseguidos Políticos de São Paulo.

 

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