Sustentabilidade e consumismo infantil serão temas em debate na Rio+20

São Paulo – Estudos sobre a infância relacionada às questões do consumismo e da sustentabilidade serão apresentados pelo Instituto Alana, durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, […]

São Paulo – Estudos sobre a infância relacionada às questões do consumismo e da sustentabilidade serão apresentados pelo Instituto Alana, durante a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que iniciará na próxima quarta-feira (13).

A entidade atua desde 2005 na defesa dos direitos das crianças e adolescentes e afirmou que é a primeira vez que o tema será trabalhado em uma conferência global sobre o desenvolvimento sustentável. Segundo a coordenadora de mobilização da instituição, Gabriela Vuolo, será importante discutir políticas públicas para infância, visando o desenvolvimento futuro dos países.

Ela conta que  no país existe o Projeto de Lei 5921, de 2001, que proíbe a publicidade e a propaganda para a venda de produtos infantis. “Poderíamos começar no Brasil, aprovando uma lei específica de regulação da publicidade infantil”, afirmou. Ainda, “é importante fazer uma diferenciação porque há pessoas que acham que a publicidade infantil é só a publicidade de brinquedo ou de roupa de criança, o que não é verdade”, disse.

Para Gabriela, é fundamental a proteção à infância que não está preparada para lidar com os apelos da propaganda. “Até por volta dos oito anos, a criança não consegue nem sequer diferenciar o que é programa de entretenimento de intervalo comercial”, disse.

A importância da educação para o consumo sustentável também será levada para a Rio+20, afirmou Gabriela. “Temos que ensinar a fechar a torneira, a reciclar o lixo e a questionar se é preciso ou não comprar, tendo em mente que as crianças têm as suas limitações”, disse.

Para a coordenadora, é importante também que as grandes cidades sejam pensadas para tirar as crianças de frente aos aparelhos eletrônicos, levando-as para brincadeiras ao ar livre.  “É necessária uma atenção dos governos em termos de políticas públicas para que sejam criados nossos espaços com segurança para as crianças, como praças e parques públicos”, afirmou. 

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