Conselho aponta aumento de violência contra os povos indígenas no Brasil

São Paulo – Documento divulgado hoje (13) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta crescimento dos conflitos de terra e dos danos ambientais ocorridos nos territórios. Segundo o Relatório Anual de Violência […]

São Paulo – Documento divulgado hoje (13) pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) aponta crescimento dos conflitos de terra e dos danos ambientais ocorridos nos territórios. Segundo o Relatório Anual de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil, apresentado em Brasília, a assistência à saúde nas comunidades também piorou de 2010 para 2011. 

Edição de dezembro da Revista do Brasil trouxe reportagem sobre agressões aos Guarani-Kaiowá no MS (Foto: Maria Pena)

“As condições objetivas de falta de assistência demandam uma ação emergencial e estruturante por parte do governo federal, no sentido de estancar a face mais cruel das consequências que é a morte de crianças, principalmente devido a problemas de saúde que, nos dias de hoje, seriam facilmente tratados”, afirmou o secretário-executivo da entidade, Cléber Buzatto. 

Buzatto afirma que o número de assassinatos continua alto. “Foram 50 mortes em 2011. Lembramos casos emblemáticos como o do cacique Guarani Kaiowá Nísio Gomes, que foi assassinato e teve o seu corpo levado pelos que o mataram”, disse. Além disso, foram registrados 30 casos de tentativas de assassinato, envolvendo 94 vítimas. 

O dirigente do Cimi assinala  intenso conflito de terras nos estados de Mato Grosso do Sul, Maranhão e Acre. “No Maranhão, o povo Awa-Guajá corre sério risco de extinção devido à invasão do território onde vivem por fazendeiros e grileiros, sem que haja um combate efetivo por parte do Estado brasileiro. São conflitos graves, de diferentes naturezas e que estão presentes em todas as regiões do país”, disse.

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