Movimento negro faz ato público por cotas na USP, Unicamp e Unesp

São Paulo – O Comitê de Luta contra o Genocídio realiza amanhã (10) às 16h30 uma aula pública na Praça da Sé, centro da capital paulista, para discutir a questão […]

São Paulo – O Comitê de Luta contra o Genocídio realiza amanhã (10) às 16h30 uma aula pública na Praça da Sé, centro da capital paulista, para discutir a questão das cotas raciais e sociais com a população. Em entrevista à Rádio Brasil Atual o dirigente da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (Uneafro), Douglas Belchior, considera a postura da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp) arbitrária, elitista e racista. 

De acordo com o ativista as três universidades já deram sinais de que não pretendem acatar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que aprovou a reserva de vagas para negros e afrodescendentes em universidades públicas. “Não é possível que um estado que tem mais de 30% da sua população negra não a veja representada nos espaços de poder e especialmente nas universidades”, afirmou.

Segundo Belchior, a partir da definição e do julgamento que o STF fez em relação às ações afirmativas e cotas é o momento propício e histórico para avançar a luta concreta em São Paulo. “O estado tem que avançar muito ainda. Tem um plano de ação afirmativa de 2003 engavetado que precisa ser atualizado e implementado e nós queremos promover esse debate na sociedade paulistana também”, ressaltou o dirigente. 

Ouça aqui a entrevista da Rádio Brasil Atual na íntegra. 

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