Computadores velhos vão criar emprego e renda na favela pacificada da Rocinha

Rio de Janeiro – Moradores da favela da Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, vão aprender a transformar lixo eletrônico em computadores novos. O projeto Fábrica Verde, inaugurado […]

Rio de Janeiro – Moradores da favela da Rocinha, na zona oeste do Rio de Janeiro, vão aprender a transformar lixo eletrônico em computadores novos. O projeto Fábrica Verde, inaugurado hoje (17) pela Secretaria Estadual do Ambiente, tem o objetivo de gerar emprego e renda para os jovens das comunidades já pacificadas pelas forças de segurança. A primeira unidade, implementada em agosto do ano passado no conjunto de favelas do Morro do Alemão, na zona norte da cidade, beneficia cerca de 700 estudantes.

No projeto, três computadores velhos viram um equipamento novo. Após a reciclagem, os computadores são instalados em telecentros públicos e lan houses. Os jovens que fizerem o curso de montagem e manutenção de computadores vão receber uma bolsa de estudos mensal de R$ 600 e os 12 melhores alunos passarão a trabalhar como monitores nos telecentros comunitários.

A coordenadora do projeto, Ingrid Gerolimich, explicou que 360 alunos do projeto no Complexo do Alemão já foram capacitados e, agora, passarão a trabalhar como monitores na Rocinha. “O projeto foi feito para aliar a questão da geração de emprego e renda, um dos grandes problemas das comunidades, com a consciência socioambiental.”

Para a artesã e moradora da Rocinha Rosineldi Félix, de 44 anos, ações como essas são importantes para dar oportunidades de trabalho aos jovens que, por décadas, conviveram com a violência das quadrilhas do tráfico de drogas. E elogiou a reaproximação do Poder Público com comunidades que estavam apartadas do resto da cidade. “O governo está tentando chegar mais, não com polícia, mas com obras sociais, que a comunidade deseja mais.”

 

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