MST desocupa ministério e segue para vigília em frente ao STF

Trabalhadores do MST desocupam Ministério do Desenvolvimento Agrário, atividade para pressionar por reforma agrária (Foto: Elza Fiúza/Abr) São Paulo – Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) iniciaram, […]

Trabalhadores do MST desocupam Ministério do Desenvolvimento Agrário, atividade para pressionar por reforma agrária (Foto: Elza Fiúza/Abr)

São Paulo – Os integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) iniciaram, exatamente às 8h21 desta terça (17) a desocupação da entrada da sede do Ministério do Desenvolvimento Agrário, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. O local estava ocupado desde a madrugada de ontem (16). O horário foi escolhido em homenagem aos 21 mortos no Massacre de Eldorado de Carajás, em 1996, em operação da Polícia Militar do Pará.

O episódio deu origem a uma série de manifestações denominadas Jornada Nacional da Luta por Reforma Agrária, que ocorre todos os anos no mês de abril.

Hoje pela manhã, os líderes do MST se reuniram com o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Os sem-terra reivindicam o desbloqueio dos recursos públicos destinados ao assentamento de famílias de trabalhadores rurais.

Ainda hoje, às 17h30, será promovido, na Câmara dos Deputados, debate sobre o Massacre de Eldorado dos Carajás, a violência e a impunidade no campo. Haverá também uma vigília dos sem-terra, a partir das 17h, em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em conjunto com membros da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq).

Devanir Oliveira de Araújo, uma das coordenadoras do MST, veio de Mato Grosso para participar da manifestação. “Para combater a pobreza do país é preciso de reforma agrária, necessária para incentivar a produção em pequenas propriedades”, disse. Para a coordenadora da Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), Elisângela Araújo, a reforma agrária deve ser justa e igualitária, para dar aos trabalhadores condições de produzir alimentos saudáveis.

Valdir Misnerovicz, que integra a Coordenação Nacional do MST, disse que o protesto é uma forma de mostrar à sociedade que os trabalhadores rurais estão insatisfeitos com a forma como as questões agrárias são tratadas pelo governo da presidenta Dilma Rousseff. “A lentidão no ritmo de assentamento das famílias e a falta de solução dos problemas reais das famílias assentadas são uma grande preocupação.”

Com informações da Agência Brasil

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