MST ocupa 14 prefeituras na Bahia para cobrar melhoria na educação

O MST já havia organizado um processo do gênero no ano passado, mas as reivindicações não foram atendidas (Foto: divulgação) São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) […]

O MST já havia organizado um processo do gênero no ano passado, mas as reivindicações não foram atendidas (Foto: divulgação)

São Paulo – O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) já ocupou 14 prefeituras da Bahia em uma mobilização para cobrar melhores condições de educação na zona rural. Na sexta-feira (13) as sedes das administrações municipais de Carihanha e Juazeiro somaram-se à lista.

“Temos casos de assentamentos que o ônibus escolar fica 30 dias quebrado e as crianças tem que ir para a escola a pé. Casos em que as crianças andam 15 km para estudar”, disse Evanildo Costa, dirigente estadual do MST, à página do coletivo na internet. A ação, que mobiliza até o momento mais de três mil pessoas em todo o estado, pode chegar a 25 prefeituras ocupadas.

A intenção é encaminhar as demandas antes da retomada das aulas, entre o fim deste mês e o começo de fevereiro, e garantir que os problemas comecem a ser resolvidos ao longo do primeiro semestre letivo. Os integrantes do MST apontam ainda que há escolas improvisadas, funcionando sem mesa sequer para o professor e sem quadro negro.

As administrações de Tabelas e Itajuípe se comprometeram em resolver as questões e os prédios foram desocupados. Nas demais, os integrantes afirmam que vão manter a mobilização até que se encontre uma saída. “Não tem como desassociar a luta pela Reforma Agrária com políticas para educação. Não adianta termos o assentamento, com pessoas produzindo e melhorando de vida, mas sem ter melhorado a questão da educação”, diz Evanildo, que cobra um currículo pedagógico em sintonia com a realidade das crianças do campo.

 

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