Famílias sem-teto encerram acampamento diante da Câmara de São Paulo

Cerca de 400 moradores sem-teto permaneceram no local por 20 dias em protesto por moradia

Após negociação, famílias sem-teto estão sendo encaminhadas para programa de habitação (Foto: Divulgação)

São Paulo – Famílias sem-teto deixaram na noite da terça-feira (7) o acampamento em frente à Câmara Municipal de São Paulo após negociação das lideranças da Frente de Luta por Moradia (FLM) com a Secretaria de Habitação (Sehab). No acordo entre as partes, foi garantido que mais 111 famílias serão incluídas no programa Parceria Social, condição do grupo para que houvesse a saída de todos.

Até então, havia compromisso de a Sehab atender 225 famílias com o auxílio aluguel no valor de R$ 300,00 mensais, durante 30 meses. A prefeitura alegava que nem todos estavam cadastrados. Com o acordo de terça, o total chega a 336 famílias.

Segundo nota da FLM, houve consenso entre os moradores em assembleia sobre a prioridade do atendimento na prefeitura. As famílias serão selecionadas por cadastro a partir do perfil socioeconômico e de acordo com um cronograma. Será dada preferência aos que enfrentam pior situação. Já os que têm condições, irão aguardar na casa de parentes e amigos.

Para Osmar Borges, coordenador-geral da FLM, os pontos são conquistas fundamentais. “O diálogo com o governo e a exposição das dificuldades de ambas as partes são determinantes para que a situação tenha a melhor resolução possível. De concreto, avançamos nestes quesitos”, pontuou.

No fim de tarde desta quarta-feira (8), uma reunião com a assessoria da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) para discutir possível construção de prédios em áreas da zona leste visando as famílias da ocupação do Alto Alegre. A estimativa da prefeitura é de que 53 prédios no centro da cidade sejam concluídos em um prazo de dois anos.

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