Catadores e empresas de reciclagem do DF pedem melhorias no tratamento do lixo

Exposição Caminhos da Reciclagem no Distrito Federal. O evento está mostrando o processo da transformação do lixo em material reciclável, além de máquinas e equipamentos produzidos pela indústria da reciclagem […]

Exposição Caminhos da Reciclagem no Distrito Federal. O evento está mostrando o processo da transformação do lixo em material reciclável, além de máquinas e equipamentos produzidos pela indústria da reciclagem (Foto: Wilson Dias/ABr)

Brasília – Representantes do Arranjo Produtivo Local (APL) dos Resíduos Sólidos do Distrito Federal (DF) apresentaram nesta quarta-feira (8) a Carta de Brasília, na qual pedem o apoio da população e das autoridades para aperfeiçoar o tratamento do lixo.

No documento, catadores, empresas coletoras, recicladoras e cooperativas do terceiro setor listam sete itens que consideram fundamentais para a reciclagem.
Entre eles está a implantação da coleta seletiva solidária, a criação de uma lei distrital que incentive o consumo de produtos confeccionados com materiais reciclados e incentivos fiscais para as atividades no DF.

“Se obtivermos o apoio dos setores competentes para concretizar esses sete pontos enumerados, teremos os meios para dar um destino adequado aos resíduos, dar dignidade ao trabalho dos catadores, viabilizar a reciclagem dos resíduos da construção civil e, sobretudo, diminuir o gasto astronômico que a sociedade tem com a gestão da área no DF, que está na casa dos R$ 18 milhões por mês”, disse o presidente da Associação das Empresas Coletoras de Entulhos e Similares do Distrito Federal (Ascoles), Paulo Roberto Gonçalves.

Para Ronei Alves da Silva, presidente da Central das Cooperativas de Catadores de Materiais Recicláveis (Centcoop), a sociedade precisa se conscientizar sobre os cuidados com o tratamento adequado dos resíduos sólidos. “As pessoas estão muito preocupadas em tirar o lixo de casa e colocar na lixeira, mas não se importam para onde vai o lixo que produzem”, completa.

Além da população, a proposta visa a sensibilizar os próximos governantes do DF. “Nós vamos submeter essa carta à apreciação dos candidatos majoritários [ao governo] do DF. Também para que a sociedade possa cobrar deles o comprometimento com a questão dos resíduos, que é um problema de todos”, afirmou Gonçalves.

A Carta de Brasília estará disponível ainda hoje no endereço eletrônico da Centcoop, da Ascoles e Associação dos Recicladores de Brasília (Arecibras).

O APL promove a exposição até o próximo dia 11 (sábado). Paralelamente, está sendo realizada a Rodada de Diálogos Caminhos da Reciclagem no Distrito Federal. Realizado no Museu da República, o evento tem o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Fundação Banco do Brasil, do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Universidade de Brasília, do Ministério da Ciência e Tecnologia, da Cooperativa Ecooideia e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

O visitante terá a oportunidade de conhecer equipamentos produzidos pela indústria de reciclagem e o processo de transformação do lixo em material reciclável.

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