Testemunhas oculares depõem pela primeira vez em sessão do caso Urso Branco
Brasília – Pela primeira vez, testemunhas oculares são ouvidas sobre o assassinato de 27 presos na Casa de Detenção Mário Alves, conhecida como Presídio Urso Branco, em Porto Velho. José […]
Publicado 17/05/2010 - 14h04
Brasília – Pela primeira vez, testemunhas oculares são ouvidas sobre o assassinato de 27 presos na Casa de Detenção Mário Alves, conhecida como Presídio Urso Branco, em Porto Velho. José Júnior de Souza Pinho e Melki Barbosa de Oliveira relataram nesta segunda-feira (17) os métodos de tortura usados pelos agressores e esclarecem as circunstâncias da entrada da tropa de choque da Polícia Militar de Rondônia no presídio, após 18 horas de rebelião.
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As testemunhas declararam também que nem todos os assassinos estão sendo julgados. Ainda nesta segunda-feira, no período da tarde, deve ocorrer a leitura das peças e do depoimento de Gledistone Muniz da Silva, conhecido como Mucambo, e Rogério Barbosa do Nascimento, chamado de Gera, que começaram a se julgados às 8h30 no Tribunal de Justiça de Rondônia.
Um terceiro acusado, Ronaldo Freitas Pimentel, também deveria estar no banco dos réus, mas ele não foi encontrado. Esta é a 4ª sessão do julgamento do caso Urso Branco.
Segundo a assessoria de imprensa do TJ de Rondônia, a sentença deve ser proferida na terça-feira (18). Até agora foram julgados oitos dos 16 acusados e apenas Círço Santana da Silva, o Cirção, foi absolvido. Os outros réus irão a julgamento em sessões marcadas para os dias 20 e 25 deste mês.
A chacina do Urso Branco ocorreu em janeiro de 2002. Os 27 presos foram mortos por detentos de grupos rivais a golpes de “chuços”, que são armas artesanais pontiagudas e cortantes.
Fonte: Agência Brasil