Confusão adia eleição do Conselho Municipal do Idoso em SP

São Paulo – A votação para eleger o presidente do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo (SP) foi adiada após confusão e suposta tentativa de invasão na manhã […]

São Paulo – A votação para eleger o presidente do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo (SP) foi adiada após confusão e suposta tentativa de invasão na manhã desta sexta-feira (19). A comissão que organiza o pleito determinou o adiamento também em decorrência da superlotação do Centro de Referência da Cidadania do Idoso (Creci) no Viaduto do Chá, Centro da cidade, onde deveria ocorrer a sessão.

Associações de aposentados, porém, acusam a prefeitura de tentar manipular a disputa. Uma votação anterior, que escolheu a conselheira Olga Quiroga, foi revogada. As entidades sustentam que foram contratados ônibus para levar idosos ao local para garantir a escolha de candidatos supostamente apoiados pela prefeitura.

Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, o Conselho é independente e não sofre qualquer influência da administração municipal.

A comissão de votação planejava definir o nome do conselheiro que ocuparia a presidência do órgão por aclamação ou por contraste, quer dizer, com os participantes erguendo o braço para se aferir o que teve mais votos. No entanto, devido ao grande número de pessoas – 1.300, segundo funcionários do Creci – tentou-se improvisar cédulas de votação.

Chegaram a ser preparados papéis de bilhetes tipo post-it com um carimbo no verso para que os idosos registrassem o nome do candidato de sua preferência. Houve muito bate-boca na entrada e dentro da sede do Creci. Em meio à confusão, a comissão deciciu cancelar o pleito por falta de segurança.

Um dos participantes da votação, Donato Rodrigues, do Sindicato Nacional dos Aposentados, critica a decisão de adiar a votação. “Se a comissão quisesse, poderia ter feito a votação, a confusão não era tão grande”, minimizou. “Fui convocado para uma eleição e queria votar. Vieram pessoas propositalmente para tumultuar a eleição, são ativistas, que nem eram idosos”, acusa. “Trouxeram mais pessoas do que o lugar comportava para tumultuar a eleição.” O aposentado não nomeou os articuladores da confusão.

A ex-conselheira Deise de Castro Freire revelou-se constrangida com a situação. “Nunca vi uma falta de respeito dessas! Estou muito envergonhada. No momento em que a comissão enfraqueceu, os próprios conselheiros deveriam ter tomado frente da comissão de votação”, opina.

Alguns candidatos realizaram campanha de boca-de-urna, com a distribuição de panfletos. Segundo as associações, os candidatos que articularam a vinda de idosos seriam os preferidos da prefeitura. Outros idosos acusavam a administração municipal de ter interesse em desmoralizar o órgão para acabar com a instância.

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