Protesto contra aumento de ônibus termina em confronto com a polícia em SP

Três estudantes foram detidos no domingo e soltos nesta segunda. Bombas de efeito moral foram usadas para dispersar manifestantes

(Foto: Barra Aumento/Divulgação)

Um protesto contra o aumento da tarifa de ônibus em São Paulo terminou em confronto com a polícia no fim da tarde de domingo (25). No aniversário da cidade, em frente à Sala São Paulo – região central, próximo à estação da Luz – os 100 manifestantes foram dispersados com uso de bombas de efeito moral e três estudantes foram detidos e encaminhados ao 3º Distrito Policial. Por volta das 0h desta segunda-feira (26) os estudantes haviam sido liberados.

O local recebia a cerimônia de posse do novo reitor da Universidade de São Paulo João Grandino Rodas. A escolha do local deveu-se, segundo os organizadores da Rede Contra o Aumento da Tarifa, à presença do governador de São Paulo José Serra (PSDB). Além das passagens de ônibus municipais, novos reajustes devem ocorrer no Metrô, trens (CPTM) e ônibus intermunicipais (EMTU). Estudantes da USP também reivindicavam mais democracia na universidade.

Rodas foi o segundo nome mais votado na lista tríplice definida na votação da USP – em que apenas docentes e um representante de estudantes e outro de funcionários participa. Apesar de ser uma prerrogativa do governador, desde 1969 a prática não era realizada e o candidato mais votado era nomeado reitor. A votação foi realizada fora do campus da zona oeste da universidade e sob proteção da polícia. Ela ocorreu cinco meses depois da ocupação da Cidade Universitária pela PM, em junho.

No dia 4 de fevereiro, quinta-feira da próxima semana, um novo protesto está marcado para o centro da cidade. A concentração ocorre em frente ao Teatro Municipal, na praça Ramos, às 16h30, segundo o blogue “Barra aumento“.

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