Entidades de luta por moradia popular realizam ocupações em seis estados do país

O principal objetivo das ocupações é pedir rapidez nas ações de habitação

A Jornada Nacional em Defesa da Moradia Popular acontece em cinco estados brasileiros e conta com cerca de duas mil pessoas.

Na tarde desta terça-feira (28) os manifestantes ocuparam oito prédios diferentes pelo país, pedindo agilidade do governo federal na inclusão das famílias de baixa renda em programas de habitação. A maioria dos edifícios ocupados pertencem ao INSS ou à União e estão abandonados há vários anos, à espera da liberação de verbas.

A jornada também saiu às ruas das grandes capitais para pedir prioridade dos mais pobres no programa “Minha Casa, Minha Vida”, do governo federal.

Segundo Benedito Barbosa, coordenador da União Nacional por Moradia, o movimento pede mais articulação entre as várias esferas públicas do país para que os projetos de habitação popular não fiquem apenas no discurso.

“Resolver o problema de habitação do Brasil não é papel, a tarefa pelo menos, de só um ente de governo, mas a federação como um todo. Os estados, os municípios e o próprio governo federal tem que atuar de forma articulada. E também é preciso recursos e terreno. O grande déficit habitacional está concentrado nas grandes cidades e regiões metropolitanas e o problema é que o custo da terra é muito alto. E os imóveis vazios privados acabam sendo destinados para contruir imóveis para renda média e enquanto as famílias de mais baixa renda acabam indo morar nas áreas mais degradadas da cidade. Ou ficam morando em cortiços ou vão morar em áreas de proteção ambiental, encostas de morros, áreas de risco porque de fato não tem moradia para atender essa população”, diz Barbosa.

Ainda segundo o coordenador da União Nacional por Moradia, no início do ano o Ministério das Cidades adquiriu vinte e quatro imóveis do INSS para serem transformados em moradia social, entretanto, a entidade considera pouco para suprir o déficit habitacional do país.

De acordo com censo do Ministério das Cidades, o déficit habitacional no Brasil é de 6,273 milhões de domicílios. Houve uma mudança de metodologia em relação ao PNADs anteriores que permitiram separar o grupo de famílias que compartilham uma mesma moradia por necessidade econômica ou por vontade própria.

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