Defensoria Pública de São Paulo move ação civil pública contra Prefeitura em defesa de famílias da favela do Sapo

Surpreendidos com ação de despejo e sem ter para onde ir, moradores da favela do Sapo se manifestaram contra Prefeitura e entraram em confronto com a polícia. Defensoria Pública exige inserção de moradores em programas de desenvolvimento habitacional da Prefeitura. Ouça o áudio

Moradores da favela do Sapo, zona norte de São Paulo, e Prefeitura foram convocados pela Justiça para audiência de conciliação na quinta-feira, 23, quando se espera uma solução para a situação das 480 famílias da favela que receberam ordem de despejo na terça-feira (14).

Ouça também:                                                 >> É dever da prefeitura inserir moradores da favela do Sapo em programas habitacionais

A audiência é resultado de uma ação civil pública movida pela Defensoria Pública do Estado que requer da Prefeitura a garantia do direito habitacional dessas famílias.

Ao saberem do despejo e sem ter para onde ir, os moradores fecharam algumas faixas da marginal Tietê para protestar contra a desapropriação das moradias. Houve confronto com a polícia e alguns moradores ficaram levemente feridos.

Na tentativa de um acordo, a prefeitura ofereceu o pagamento de cestas básicas aos desabrigados e uma ajuda de custo para  voltarem às cidades de origem.

Porém, de acordo com o defensor público Carlos Henrique Loureiro é dever do prefeito inserir esses moradores em programas habitacionais. “A defensoria pede que a prefeitura insira todos moradores da favela em seus programas de desenvolvimento urbano para que todos tenham moradia digna”, esclarece Loureiro.

Paralelo ao processo na Justiça, a prefeitura tenta um acordo com a comissão de moradores da favela. Até o final das negociações, o despejo na favela do Sapo foi adiado.

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