Protesto em SP marca os três anos dos crimes de maio

Serão 493 camisetas para relembrar cada um dos mortos. Manifestação de jovens da periferia de São Paulo ocorre pelo terceiro ano seguido para cobrar políticas para a juventude.

Pelo terceiro ano, jovens da periferia fazem protestos para relembrar o crimes de maio que vitimaram 493 pessoas, 96% dos quais tinham de 21 a 31 anos. Nesta quinta-feira (20), às 18h, em frente à sede da prefeitura de São Paulo. Eles cobram o fim das mortes e políticas para a juventude.

De acordo com o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe), apenas 20 mortes foram esclarecidas, a maioria de agentes do Estado, como policiais e bombeiros. Até junho de 2007, outros 36 casos tinham sido arquivados. “Queremos que os outros casos também sejam apurados. Estamos cobrando respostas”, declarou à época Ariel de Castro Alves, secretário-geral do Condepe, que esteve presente no Ato.

Um varal com 493 camisetas homenageiam os jovens que morreram na periferia. Parentes das vítimas, membros de organizações e movimentos sociais estarão no Ato. Uma carta aberta e um manifesto foram divulgados (clique aqui para ler).

“Já se passaram três anos do episódio e nenhuma medida concreta foi adotada para impedir que o crime organizado recrute, como ‘mão de obra barata’, jovens da periferia como soldados desta guerra”, escreveu Flávio Munhoz, presidente da Comunidade Cidadã, umas das organizadoras do Ato.

O Ato aconteceu em 2007 e 2008. No primeiro, foram acesas 493 velas e pares de sapato foram expostos, em frente à prefeitura. No ano seguinte, mini-caixões representaram um velório público dos direitos da juventude.