Polícia Federal fecha suposta delegacia de Direitos Humanos

Em dezembro os representantes do suposto Conselho Federal de Defesa dos Direitos Humanos já haviam sido barrados na realização da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos por serem 'ilegais'

Fora do ar: imagem da abertura do site do suposto Conselho Federal de Defesa dos Direitos Humanos

Na última quinta-feira (21) a Polícia Federal fechou uma suposta delegacia de Direitos Humanos, na Asa Norte, Distrito Federal, autodenominada “Conselho Federal de Defesa dos Direitos Humanos”.

Foram apreendidos uniformes, coletes, distintivos, carteiras funcionais e adesivos para veículos. O “conselho” tem um site na internet www.delegaciaespecial.org que está fora do ar desde a operação da PF, mas que se acessado informa: “Delegacia dos Direitos Humanos. Este site está em manutenção. Por favor, volte mais tarde.”

Em dezembro, os representantes do “conselho”  tentaram participar da 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos, o que não foi permitido. O fato despertou a atenção da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) que informou o fato a PF.

Segundo informação da SEDH, muitos associados teriam pagado “uma taxa” para obter carteira funcional e outras falsas credenciais.

A Secretaria informou também que “tem alertado autoridades, órgãos públicos e organizações não governamentais para a atuação de entidades que se apropriam de forma ilegítima de símbolos oficiais e se autoconferem poderes de agentes públicos.”

Não houve prisão durante a operação, mas os responsáveis podem responder por estelionato e uso indevido de símbolos da administração pública.

A Rede Brasil Atual tentou entrar em contato com os representantes do suposto “conselho” nesta segunda-feira (25), mas ninguém antendeu às ligações.

Atualização em 27 de maio de 2010

O membro do Conselho Federal de Defesa dos Direitos Humanos Elizeu Simões entrou em contato com a Rede Brasil Atual em 26 de maio de 2010. Ele afirma que a entidade é uma ONG que não foi fechada pela polícia, mas apenas um mandado de busca e apreensão teria sido realizado.

Ele sustenta ainda que se trata de ” uma organização da sociedade civil em perfeito funcionamento”. Identificando-se como bispo e explicitando a existência de missionários, teólogos e freiras entre os integrantes da organização, ele acusa o governo federal. “O CFDH é vítima perseguição pelo governo Lula, pois não aceitamos ser uma entidade dominada por um governo desonesto e corrupto.

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