Brasil é apenas 14º em ranking de alfabetização na América Latina

Cuba lidera a lista, com apenas 0,2% de analfabetismo, seguida por Uruguai, Aruba, Argentina e Chile

A Campanha Latino-americana pelo Direito à Educação (Clade) divulgou estudo que mostra que 35 milhões dos 800 milhões de analfabetos de todo o mundo estão na América Latina. O Brasil concentra mais de um terço desse total, com 14 milhões de pessoas com 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever – 11,4% da população.
Uma das explicações apontadas pelo estudo da Clade é a persistência de uma enorme desigualdade social, com problemas de pobreza que são incompatíveis com a situação econômica do País. Para o relator especial da ONU para Educação, Vernor Muñoz, o Brasil tem um compromisso enorme, mas as conquistas não refletem o esforço realizado.
A relação entre pobreza e analfabetismo fica mais clara quando comparadas as taxas por região. O Nordeste tem quase 20% de analfabetos, o dobro da média nacional e cerca de quatro vezes mais que o registrado no Sul. Em Alagoas, estado em que a situação é mais grave, uma em cada quatro pessoas não sabe ler nem escrever.
Ao mesmo tempo, a adoção por Bolívia e Venezuela do programa de alfabetização cubano é elogiada pela Clade. O método utiliza programas de rádio e de televisão para alfabetizar jovens e adultos. Os governos de Evo Morales e Hugo Chávez anunciaram recentemente que os dois países erradicaram o problema. 

Com informações da Agência Brasil.