Exclusão digital

Pesquisa mostra que um em cada quatro brasileiros está fora da internet

Dois lados da tecnologia no Brasil: 46 milhões de pessoas desconectadas, quase metade delas por não conseguir pagar pelo serviço, enquanto país lança seu primeiro satélite totalmente nacional

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Bastou um acesso em três meses para a pesquisa considerar alguém como conectado

São Paulo – Computadores, notebooks, smartphones, tablets, relógios e até geladeiras. Hoje está cada vez mais fácil estar conectado à internet e ao mundo virtual. Mais do que isso, se tornou imprescindível o acesso à rede para trabalhar, estudar e socializar. No entanto, ao mesmo tempo que as possibilidades de acesso se multiplicam, o abismo da desigualdade digital se abre. Enquanto o número de residências conectadas aumenta, quem são aqueles que permanecem desconectados, ou seja, na exclusão digital ?

Segundo a pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Centro Regional de Estudos para Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), 46 milhões de brasileiros estão na exclusão digital. O levantamento revela também que 45% deste grupo não o fazem por ser muito caro e outros 37% por não possuir um aparelho com conexão à rede. A mesma pesquisa revela que uma em cada cinco pessoas no país só acessa a rede digital emprestando a conexão de um vizinho. Por fim, vale dizer que a pesquisa considera uma pessoa como usuária de internet se ela acessou a rede ao menos uma vez nos últimos três meses.


Brasil espacial

O Brasil passou a ter, a partir de 2021, seu primeiro satélite de observação completamente projetado, integrado, testado e operado por brasileiros. O Amazônia-1 foi colocado em órbita no dia 28 de fevereiro, lançado da Índia. Poucos dias depois já mandava imagens da reserva nacional de vida silvestre, na Amazônia boliviana. O equipamento é o terceiro a formar o sistema Deter e vai auxiliar no monitoramento de desmatamento na região. O equipamento é coordenado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Além da função principal, o Amazônia-1 servirá para avaliar a Plataforma Multimissão, que poderá servir de base para o desenvolvimento de novos satélites com diferentes funções. Ao fim de quatro anos, serão feitas avaliações para verificar a viabilidade de manter o satélite por mais tempo em órbita. Caso a missão seja finalizada, o Brasil terá um prazo de 25 anos para tirar o satélite do espaço.

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