Diário do Bolso

Pazuello tá certo: a imprensa não tem que interpretar nada

A imprensa tem só que contar os fatos e pronto, como no caso do braço direito do Pazuello, o tal de Airton Cascavel

Reprodução / Facebook
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Diário, o Pazuello tá certo: a imprensa não tem que interpretar nada. Tem só que contar os fatos e pronto!

Por exemplo, a agência Sportlight disse que o braço direito do Pazuello, o tal de Airton Cascavel, quando era prefeito de Mucajaí (RR), foi acusado de tentar subornar o delegado de agricultura com cinco mil cruzados para conseguir uma caminhonete modelo D-10.

E fez isso por escrito. Ele deu um cartão de visitas pro cara e escreveu no verso: “Dôo-lhe CZ$ 5.000 (cinco mil cruzados) para me doar a D-10 2421306. Estude”.

O cartão foi submetido a exame grafotécnico e viram que ele foi mesmo escrito pelo Airton Antônio Soligo, que é o nome do Cascavel.

O Ministério Público de Roraima fez a denúncia, mas o Cascavel conseguiu enrolar o treco até ele caducar.

Fora isso, o Cascavel também é acusado por grilagem da “Fazenda Brasilândia” junto com o Rodrigo Jucá, filho do Romero Jucá.

E nessa fazenda ele produziu polpa de fruta que foi vendida sem licitação para merenda escolar.

Tem mais: para impedir a entrada dos sem-terra na sua fazenda, ele cavou uma vala em área de preservação, cometendo crime ambiental.

A Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) multou o Cascavel. Mas aí (olha só como são as coincidências da vida) ele foi nomeado pelo interventor de Roraima para comandar a própria Femarh.

O Cascavel (por que será que ele tem esse apelido?) chegou a tomar posse do cargo, mas a Assembleia Legislativa recusou sua indicação por 14 votos a 9. A culpa foi dos servidores da Femarh, que disseram que denunciaram o conflito de interesses e no dia da votação lotaram o plenário da ALERR.

Em resumo: ele fez grilagem, vendeu sem licitação, levou multa por crime ambiental, foi pego tentando subornar um funcionário público e é um fazendeiro que não entende patavinas de medicina. Tá, isso são fatos. Mas dizer que por causa desses detalhes o Cascavel não pode ser um dos bambambãs do Ministério da Saúde é interpretar as coisas. Aí não pode, pô!

Torero

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