Diário do Bolso

Pra esquecer um pouco da política, peguei uma lista de filmes na internet

Cinematográfico Diário, eu queria ver alguma coisa pra esquecer um pouco da política. Então peguei uma lista de filmes na internet. Depois eu mando o meu boy, o Aras, comprar um dvd pirata pra mim

Cinematográfico Diário, eu queria ver alguma coisa pra esquecer um pouco da política. Então peguei uma lista de filmes na internet. Depois eu mando o meu boy, o Aras, comprar um dvd pirata pra mim.

“Apertem os cintos…, o piloto sumiu” eu não quis ver. Vai que é um documentário sobre o Ministério da Saúde estar nas mãos de um militar.

“O franco atirador” parecia uma boa ideia, porque já tem tiro no nome. Mas esse negócio de “franco” me deixou meio desconfiado. Desisti.

“Amnésia” eu também não quis. Vai que é sobre as minhas promessas de campanha.

Descartei logo o “Quem quer ser um milionário?”. Me lembrou o Queiroz.

“Duro de matar” devia ser sobre o episódio da faca. Já sei essa história de cor. Dispensei.

“Sindicato de ladrões” podia ser bom. Mas chega de Centrão por uns dias.

Será que “12 homens e uma sentença” era sobre o STF? Lá são 11, mas podem já estar incluindo o João Otávio de Noronha, aquele juiz do STJ que liberou o Queiroz. Botei na pilha do “talvez”.

“Os caça-fantasmas” devia ser sobre o Olavo e a turma dele, que vivem caçando comunistas em todo lugar.

Não quis nem passar perto de um que se chama “Todos os homens do presidente”. Imaginei que fosse sobre o Alexandre Ramagem, o André Mendonça, o Fábio Wajngarten, o Roberto Jefferson e o resto dos etcs.

Atirei longe o “Um corpo que cai”. Cada um tem seus problemas, pô!

Sobre quem seria “Os suspeitos”? Sobre Flavinho e Carluxo? Sobre Queiroz e Wassef? Melhor nem ver.

“Psicose” só podia ser sobre o Ernesto Araújo e aquele negócio de comunavírus.

Imaginei que “O iluminado” fosse uma biografia do Ustra. Mas aí ia ser uma tortura, kkk!

“Laranja Mecânica” e “Esqueceram de mim” deviam falar sobre o Marcelo Álvaro. Aliás, esqueceram dos laranjas dele. Ainda bem.

“Um estranho no ninho” podia ser um filme do Padilha dizendo que o Moro era um estranho no meu governo? Não, ia ser muita mentira. O Moro estava no lugar certo. Saiu porque quis voar sozinho.

Aí, aos 45 do segundo tempo, achei um filme decente. Ele conta a história de um cara poderoso, que gosta de armas, de morte, de coisas ilegais, que faz tudo para proteger os parentes e coloca os filhos no crime. O nome é “O poderoso chefão”.

Esse, sim, é um filme de família. Vou assistir hoje à noite com o pessoal.

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