Diário, o Moro me ensinou: a gente é que aprova o que vai ser verdade
Ontem eu e meu parceiro ministro fomos no jogo do Flamengo. Tinha um juiz lá que é dos meus. Roubou pra gente, com VAR e tudo
Publicado 13/06/2019 - 12h12
Diário, ontem aproveitei que o jogo Flamengo X CSA era aqui em Brasília e fui no estádio com o Moro.
Grande noite! Gritaram o nome dele e jogaram duas camisas do Flamengo pra gente.
Depois, durante a partida, quando ainda estava zero a zero, teve uma bola que bateu no bração do Arão, volante do Flamengo, dentro da área. Bem onde a manga da camisa acaba. Foi pênalti claro, mas o VAR entrou em ação. Enquanto estava naquele negócio de marca-ou-não-marca, eu perguntei pro Moro:
– Será que o juiz vai dar pênalti?
O Moro nem teve dúvida:
– Tenho forte convicção de que ele não vai apitar nada.
– Mas foi braço, pô.
– Eu sei. Mas a verdade é que não existe verdade, não é verdade?
– Oi?
– O que eu quero dizer é que não existe verdade absoluta. Se o público gritar bastante, os bandeirinhas não atrapalharem e a Globo disser que não foi nada, o juiz vai deixar pra lá.
– Será?
– Esse negócio de justiça depende menos do fato que da circunstância.
– Estou vendo aqui no celular que o pessoal da Globo disse que não foi pênalti.
– Então o juiz não vai dar nada mesmo.
– Mas e a imagem do VAR? Não é uma prova?
– Prova só é prova se a gente aprova.
– Oi? Hoje você está meio filósofo. Explica direito.
– Presidente, o que eu quero dizer é que tem coisa que não prova nada, mas aí a gente aprova e ela vira prova. Entendeu?
– Você ainda está falando do pênalti?
– He, he…
– Olha lá! O jogo continuou! O cara não deu nada mesmo, apesar das evidências! Roubou pra gente! Grande juiz!
– Obrigado, presidente.
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