Não há exagero em incluir o documentarista Eduardo Coutinho entre os cineastas brasileiros mais importantes da atualidade. Com 79 anos, ele continua muito vivo, bem disposto e na ativa, e é o homenageado da sexta edição do festival Visões Periféricas, que vai até 25 de agosto, no Rio de Janeiro, com entrada franca (confira os locais abaixo). Ao todo, serão exibidos 104 filmes, distribuídos em quatro mostras, sendo três competitivas, e que foram selecionados dos mais 600 inscritos.

O festival Visões Periféricas é conhecido pelo intercâmbio de linguagens e de produções audiovisuais da periferia, incluindo favelas, comunidades quilombolas e indígenas; e pelo espaço de experimentação de novas tecnologias e de mídias, divulgando produções surgidas no contexto da cultura digital.

A mostra Tudojuntoemisturado mistura produções feitas com dispositivos móveis, como celulares e câmeras fotográficas. Já a Ibero-americana exibe uma seleção de filmes que retrata retratos peculiares desses países.

Eduardo Coutinho será homenageado com a exibição dos clássicos “Cabra Marcado para Morrer” (1984), “Edifício Master” (2002) e “Santa Marta” (1987) e “Boca de Lixo” (1993), realizados no Centro de Criação da Imagem Popular (Cecip), que também é homenageado no festival em função dos 25 anos de atuação.

Haverá também a Oficina Madureira Vale um Filme, que, entre 20 e 24 de agosto, ensinará 30 jovens a trabalharem com equipamento profissional para gravação e edição de vídeos. No final da oficina, os vídeos serão exibidos numa sessão especial e os melhores receberão prêmios no valor total de 7 mil reais.

[email protected]