Leon Cakoff é homenageado em mostra do MIS
O criador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Leon Cakoff, nascido em Alepo, na Síria, e que adotou a capital paulista como sua cidade até falecer em 14 […]
Publicado 29/02/2012 - 16h13
O criador da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Leon Cakoff, nascido em Alepo, na Síria, e que adotou a capital paulista como sua cidade até falecer em 14 de outubro de 2011, será homenageado pelo Museu da Imagem e do Som (MIS), de São Paulo, entre 1º e 8 de março. A mostra “Os Filmes da Minha Vida” é baseada nos três volumes do livro homônimo que ele lançou entre 2009 e 2011, e será lançada com um debate, amanhã (1º) , a partir das 19h. O evento contará com a presença de alguns dos participantes da obra, como Alcino Leite Neto, André Sturm, Luiz Zanin, Miguel Barbieri Júnior, entre outros.
Realizadores como Win Wenders, Fernando Meirelles, João Moreira Salles e Heitor Dhalia selecionaram os filmes preferidos especialmente para a coletânea organizada por Leon Cakoff. E agora o público terá a oportunidade de assisti-los no cinema. Entre as raridades, estão “Down By Law”, de Jim Jarmusch; “Paixões Que Alucinam”, de Samuel Fuller; “Do Fundo do Coração”, de Francis Ford Coppola; e “O Passageiro: Profissão Repórter”, de Michelangelo Antonioni.
Há também clássicos indiscutíveis, como “O Homem Que Matou o Fascínora”, de John Ford; “O Incrível Exército de Brancaleone”, de Mario Monicelli; “8 ½” e “Amarcord”, ambos de Federico Fellini; “Uma Rua Chamada Pecado”, de Elia Kazan; “Noivo Neurótico, Noiva Nervosa”, de Woody Allen; “Crepúsculo dos Deuses”, de Billy Wilder; e “Os Sete Samurais”, de Akira Kurosawa.
As produções nacionais na mostra são “Iracema – Uma Transa Amazônica”, de Jorge Bodanzky e Orlando Senna, que retrata a prostituição no Pará; e “O Bandido da Luz Vermelha”, de Rogério Sganzerla, que relata a vida de um assaltante de casas de luxo em São Paulo, desenvolvendo uma linguagem que mistura o sensacionalismo de alguns jornais e programas de rádio com um tom praticamente surrealista, que representa a transição entre o Cinema Novo e o denominado Cinema Marginal.
“Os títulos selecionados fogem do lugar-comum e raramente são exibidos nas salas de cinema, o que torna a mostra ainda mais interessante e particular”, explica, no release, André Sturm, diretor executivo do MIS.
Auditório do Museu da Imagem e do Som (MIS)