Ariovaldo Ramos

A natureza humana marcada pela maldade exige um 2022 de vigilância popular

É preciso acordar para o fato de que 2022 será fatídico para a nação, tão desgovernada e tão maltratada nos últimos três anos

Mayke Toscano/Secom-MT
Mayke Toscano/Secom-MT

Atenção! O mês de janeiro mal terminou e já se detectou um recorde na devastação da Amazônia. Tudo indica que estamos no ano da devastação em vários sentidos. Por exemplo, somente nas três primeiras semanas do ano já havia registro de 12 tentativas de linchamento na zona sul do Rio de Janeiro.

A impressão que se tem é que 2022 começa marcado por fortes manifestações. Seja da natureza, nos vários cataclismos registrados no país, com perdas de vida e de patrimônio pessoal, seja na manifestação da natureza humana marcada pela maldade.

O fato é que este é um ano decisivo. É o último ano do governo Bolsonaro, o período que lhe resta para destruir o que ainda não conseguiu destruir, ajudado pela inflação de dois dígitos que, agora, já é renitente; e marcado pela constatação crescente de que não conquistará a reeleição. Parece que é o ano em que a boiada terá acelerada sua passagem.

Centrais participam de atos por Moïse. CNBB, Pastorais e Clamor apontam ‘barbárie normalizada’

Tem de ser um ano de vigilância popular. Não sei, porém, se já acordamos para o fato de que estamos num ano fatídico para a nação, tendo em vista a forma como ela está desgovernada nesses últimos três anos.

À barbárie registrada com a morte do congolês Moïse Kabagambe soma-se à barbárie registrada na destruição da Amazônia; e a prevista na consecução desse governo que, tudo indica, caminha para o seu ocaso.

Tem de ser um ano de muita prontidão cívica, de mobilização vigilante, de consciência histórica. Estas primeiras semanas começaram nos avisando isso.

Ariovaldo Ramos é coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e apresentador do programa Daqui pra Frente, toda quarta, às 20h, na TVT.

Artigos desta seção não necessariamente expressam opinião da RBA

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