No Brasil neonazistaliberal, o que cresce é a fila do osso – Por Ariovaldo Ramos
Olho para tudo isso lembrando que uma pessoa da minha família segue acreditando e sustentando esse desgoverno. E ainda jura que professa a mesma fé que eu
Publicado 02/10/2021 - 10h57
Um trabalhador do mercado de carnes fez o retrato do Brasil neonazistaliberal do Bolsoguedes: “Antes a gente desossava a carne e as pessoas pediam ossos para dar aos cães, agora elas estão pedindo os ossos para dar aos filhos”. Isso, mesmo, a agora a fila do osso é para enfrentar a fome das crianças.
É possível que alguns desses pedintes preferissem que o vírus da covid-19 antecipasse a sua morte, por causa das suas comorbidades, como disse o “sábio” presidente, em vez de ter de viver à deriva das comorbidades cruéis deste governo que merece a acusação de genocida, e de uso de metodologia nazista em parceria com empresários da saúde privada.
Afinal, parafraseando um grande pensador, este governo destrói a coisa pública enquanto exalta a privada. E, aliás, como o próprio ocupante da cadeira de presidente disse, foi da privada que ele respondeu à CPI.
Uma membra de minha família também recebeu o “kit covid”, mas como ela compartilha da “sabedoria” do presidente, e a covid 19 não antecipou a sua morte, por conta de suas comorbidades – e, portanto, não houve necessidade de mais uma falsificação de atestado de óbito –, ela passou a dizer que essa falação da CPI não passa de “encheção”.
Logo, como a gente não vê nenhum movimento diante de acusações tão graves, começo a ter medo de que ela tenha razão. Enquanto isso a fila do osso aumenta!
A urgência é a fome! Pois se há fome, não há democracia!
E vai sendo confirmado que todos nós estamos, de fato, à deriva das comorbidades das hienas escravistas que se reúnem para comer enquanto riem do monstro que sustentam e que continuarão a sustentar, claro, regado ao vinho da crueldade e do genocídio, enquanto ganham dinheiro investindo em funerárias, cuja causa de lucro eles continuam a promover.
Eu olho para tudo isso, me lembrando que a membra de minha família que continua acreditando e sustentando esse desgoverno, jura que professa a mesma fé que eu, e constato que o nazismo é o resultado da conjunção do fanatismo idolátrico com a ganância amoral capitalista, mais o narcisismo mórbido de personalidades construídas pelo inferno que só se manifesta para matar, roubar e destruir.
E vamos às ruas tentando desobstruir os ouvidos do político narcisista que pode dar curso ao nosso clamor, sabendo, contudo, que seus ouvidos estão fechados por tampões biliardários.
Ariovaldo Ramos é coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e apresentador do programa Daqui pra Frente, toda quarta, 20h, na TVT
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