Ariovaldo Ramos

O kit covid e as cobaias da suástica, em verde e amarelo

De acordo com dossiê recebido pela CPI da Covid, a administração do chamado kit covid foi resultado de acordo entre governo Bolsonaro e Prevent Senior

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O médico alemão Josef Mengele era oficial da Schutzstaffel no campo de concentração de Auschiwitz, durante a Segunda Guerra Mundial. Schutzstaffel era a organização paramilitar, leia-se milícia oficial, conhecida pela sigla SS, a serviço do Partido Nazista e de Adolf Hitler. Assim, Mengele foi, com notoriedade, parte da equipe de médicos responsáveis pela seleção da vítimas a serem mortas nas câmaras de gás. E desse modo, também por realizar experimentos mortíferos em seres humanos, escolhidos entre os prisioneiros: judeus, ciganos, anões, gêmeos e outros. Uma das experiências era a de aplicar drogas desnecessárias, a fim de observar a evolução a óbito do enfermo.

Josef Mengele morreu, por afogamento, no Brasil, em São Paulo, na praia de Bertioga, em 1979. Mas ressuscitou na CPI da Covid, no Senado, após a denúncia de médicos que atuavam para o plano de saúde Prevent Senior. Segundo as denúncias, profissionais de saúde a serviço do plano promoveram a disseminação de medicamentos como cloroquina, ivermectina e outros. De acordo com dossiê recebido pela CPI da Covid, a administração do chamado “kit covid” foi resultado de acordo entre o governo Bolsonaro e a Prevent.

E mais: essa administração do “kit covid” ocorria sem que os pacientes fossem informados. Como consequência, nove pacientes “cobaias” teriam morrido durante a pesquisa, mas os autores desse estudo da empresa só mencionaram duas mortes.

Pronto, está descrito o quadro nazista

Por isso, a Comissão Parlamentar de Inquérito aguardava nesta semana o depoimento do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior. Mas ele informou que não tinha tempo para ir à CPI prestar tais explicações.

Todos sabemos o que o mundo decidiu sobre o nazismo e os nazistas!

A partir disso, podemos descrever o Brasil como um país que tem presidente, médicos do tipo Mengele, empresas e empresários coniventes e cobaias.

Então, isso tudo fala mais da fome, que voltou; do desemprego galopante; e da mortandade via política sanitária. Explica também a destruição das florestas; e os crimes contra os indígenas. E diz muito, ainda, do empobrecimento sistemático do povo; da destruição da economia e da soberania do Brasil. E do que, segundo parece, estamos dispostos a admitir e a corrigir.

Mais uma vez, o Legislativo e o Judiciário estão com a palavra. E daí, senhoras e senhores?


Ariovaldo Ramos é coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e apresentador do programa Daqui pra Frente, toda quarta, às 20h, na TVT

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