Ariovaldo Ramos

O 2 de julho deveria ser a data oficial da independência do Brasil

Nessa data os baianos expulsaram as tropas portuguesas do Brasil

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Antônio Parreiras: O Primeiro Passo para a Independência da Bahia, Palácio do Rio Branco, Salvador, Bahia

O 2 de julho deveria ser a data oficial da independência do Brasil. Nessa data os baianos expulsaram as tropas portuguesas do Brasil. Declarar independência sem virar as costas para a metrópole não faz sentido. Claro que fazer isso custou confrontos armados para quem quer que o conseguiu. Nós, não, sempre na base do acordo… Assim seguimos colonizados, e da pior forma possível, concordando com isso, prezando a nobreza, buscando a constante aprovação da metrópole que, com o passar do tempo, se multiplicou em metrópoles.

Isso é tão sério que até o movimento pela “descolonização” lê, em busca de apoio e argumento, os da metrópole que acham esse movimento legítimo e, assim, mantêm o tacão do colonizador, da forma mais dissimulada possível.

Agora, que estamos a um ano da comemoração de 200 anos de independência, fica claro que foi um grande erro não escolher a data de 2 julho como data oficial de nossa independência. Pois deveríamos comemorar a luta vitoriosa contra as forças da coroa, mas, preferimos o acordo, sempre o acordo.

Há pouco, ministros do governo brasileiro receberam a visita do chefe da CIA dos EUA. Explique-se isso!

Essa Central de Inteligência é órgão de intromissão dessa nação nas demais nações, já há muito se sabe que essa nação só elege inimigos, indistintamente, uma vez que só seus interesses valem, contra tudo e contra todos.

Que absurdo é esse? E mais: o chefe de uma agência de espionagem é recebido por autoridades do governo brasileiro e isso não causa escândalo!


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É o nível de colonização ao qual nos mantemos submissos. Haja vista que sustentamos a ação da chamada operação Lava Jato, que não passou de subserviência aos interesses dessa nação, que envia o chefe de sua espionagem para falar com o governo federal num absoluto desrespeito para com a nossa nação, deixando claro que sabe qual é a metrópole e qual é a colônia.

E nós aceitamos, reconhecendo o nosso lugar de mera e abjeta colônia. Certamente, por isso, tudo que fizemos, em relação à Lava Jato, foi desqualificar um sujeito que não era mais juiz, como se ele tivesse, sozinho, causado tanto mal… e só o desqualificamos!

O triste é que todo movimento que, ora, se levanta para salvar a nação da hecatombe que, sob a metrópole, esse governo subserviente produziu no país, levando-o quase à bancarrota, passa por conversar com aqueles que, se dizendo arrependidos de ter apoiado esse desgoverno, não passam de agentes da metrópole, convencidos de que são nobres e, como barões e baronesas, num rasgo de bondade, se prestam a atender ao apelo dos vassalos de seus pretensos feudos para derrubar o rei que eles mesmos coroaram.

Que falta fez não ter o 2 de julho como data oficial da independência!


Ariovaldo Ramos é coordenador da Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito e apresentador do programa Daqui pra Frente, parceria com a TVT, às quartas, 20h

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