Segundo a Bíblia, a divindade criou a humanidade parecida com ela. A tri-unidade divina colocou o primeiro casal, embrião da multi-unidade humana, no jardim que a divindade formou, para aprender a ser gente. Iria aprender, com a criação, como ser criatura. O Jardim seria o modelo para viver o planeta e no planeta que a divindade chamava Éden, que significa lugar de delícias. Segundo a criação, a humanidade faria tudo na busca pela harmonia, pela mutualidade e pela sustentabilidade a partir do reconhecimento do direito da criação e das criaturas. A humanidade seria jardineira e parte do jardim.

Mas, conforme a Bíblia, a humanidade discordou da divindade e partiu para ser predadora da criação. O que era bom para a divindade não seria mais, necessariamente, bom para a humanidade. A partir daí a humanidade caminharia na contramão da criação. A divindade avisou a humanidade que o planeta reagiria ao agressor. Uma parte da humanidade tenha conseguiu conviver com a criação de modo integrado. Grande parte da humanidade, porém, passou a invadir e dominar todos os espaços e biomas e a aprofundar o ataque à criação. Inclusive passou a perseguir e a matar a parte humanidade que conseguia conviver, amistosamente, com a criação.

A maioria da humanidade optou por um sistema de acumulação que acabou concentrando muito na mão de poucos. Esse sistema começou a atacar, cruelmente, o planeta, pois, em vez de reconhecer o planeta e demais criaturas como, também, sujeitos de direitos, acabou por entender-se como detentor de todo o direito. E, agora, o planeta está morrendo, vitima da ganância da parte da humanidade que, insanamente, optou pela morte como meio de vida.

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